EPICA:
DECIFRAM O CÓDIGO
[entrevista + passatempo]

Ainda na ressaca de um concerto encantador no VOA 2017, os EPICA regressam ao nosso país numa data-dupla em nome próprio. A LOUD! conversou com Mark Jansen e dá-vos oportunidade de irem ao concerto à borla.

Após uma arrebatadora e explosiva actuação, que ainda está certamente fresca na mente dos milhares de pessoas que tiveram o prazer de os ver no VOA 2017, os EPICA vão subir aos palcos da Sala Tejo e do Hard Club, nos dias 21 e 22 de Novembro, em Lisboa e no Porto, respectivamente. Como “convidados especiais”, os famosos holandeses vão contar com o enorme talento dos conterrâneos VUUR, liderados pela icónica figura de Anneke Van Giersbergen, que trazem na bagagem a muito aguardada estreia «In This Moment We Are Free – Cities», e a etnicidade exploratória dos muito aplaudidos tunisinos MYRATH, que lançaram o explosivo «Legacy» em 2016 e foram alvo de enormes elogios por parte da imprensa especializada. Em jeito de antecipação a estes concertos, conversámos com Mark Jensen, guitarrista e membro fundador dos EPICA.

No momento em que fazemos esta entrevista estão na Alemanha, correcto?
Exactamente! Estamos em Hamburgo, que é uma cidade bem gira. Quero ver se, depois de terminarmos o soundcheck, ainda consigo ir dar uma volta antes do nosso concerto.

E que tal tem estado a correr esta actual digressão?
Muitíssimo bem. Nesta rota ainda só fizemos três espectáculos, mas as reacções foram fabulosas. Por enquanto tocámos na Polónia, na República Checa e, ontem, foi a vez de Berlim, portanto não temos quaisquer razões de queixa. O público compareceu ao apelo e apareceu em massa nessas três datas, por isso estamos a ter um óptimo início de digressão. Espero que, nas próximas datas, as coisas continuem a correr tão bem ou, porque não?, ainda melhor. [risos] Temos estado a divertir-nos imenso.

Tocar ao vivo, é algo que ainda te deixa entusiasmado?
Sem dúvida. Gosto muito de trabalhar no estúdio, de poder limar todas as arestas e estar atento a todos os pormenores, mas depois tocar os temas ao vivo é toda uma outra dose de adrenalina. Mesmo que tocássemos para apenas 50 pessoas, como aconteceu no início da nossa carreira, continuaria sempre a ser divertido.

Fala-nos um pouco sobre as bandas que andam na estrada convosco.
São duas bandas fantásticas! Os Vuur são o novo projecto da Anneke [Van Giersbergen], que era dos The Gathering. É uma pessoa fantástica, com quem nos fomos cruzando com frequência ao longo dos anos e é um enorme prazer tê-la connosco nesta digressão, a apresentar um álbum novo. Depois já conhecíamos também todos os outros elementos dos Vuur, por isso é como se estivéssemos em tour com os nossos amigos. Os Myrath, por seu lado, são da Tunísia e um daqueles grupos que acho que os nossos fãs vão gostar de descobrir… Têm uma personalidade musical muitíssimo marcada e isso é algo que não é propriamente comum nos dias que correm. No geral, é um tour package muito cool. Para mim, pelo menos. [risos] O mais importante disto tudo é que as pessoas que nos vêm ver possam experienciar uma série de sabores diferentes, por assim dizer.

Foram vocês que escolheram os Vuur e os Myrath para vos acompanharem?
Sim, geralmente somos sempre nós que escolhemos os grupos que nos acompanham. É mesmo só uma questão de fazermos um brainstorming entre toda a gente, atirarmos uns quantos nomes para cima da mesa e ver se estão interessados em ir para a estrada. Nós temos um manager, mas não é um manager igual aos outros.

Como assim?
O nosso manager é parte da equipa, não é só alguém que nos diz o que podemos ou não fazer… Quando fazemos alguma coisa é porque decidimos todos, em conjunto, fazê-lo e não porque alguém decidiu por nós que tínhamos de fazê-lo desta ou daquela forma. De resto, não nos sentiríamos confortáveis a trabalhar assim, acatando as ordens de outrém. No início, quando formei a banda, tratava de todas as questões de agenciamento e tudo o mais, mas às tantas, à medida que as coisas que foram tornando-se mais sérias, percebi que íamos ter de contratar alguém para desempenhar essas funções. Como já ouvimos todos essas histórias terríveis de managers que abusam das bandas, que controlam os músicos e tudo o mais, por isso fizemos mesmo questão de fazer a escolha acertada e escolher um manager atípico… E tem corrido muito bem.

Estes concertos vão acontecer apenas alguns meses depois de terem actuado por cá, no VOA 2017. O que é que os fãs podem esperar deste regresso?
Um concerto como cabeças-de-cartaz será sempre diferente de um slot num festival, por isso podem esperar uma produção e um alinhamento muito mais completos. Além disso, entretanto editámos o EP «The Solace System» –- de que andamos a tocar duas canções, a «Wheel Of Destiny» e a «Fight Your Demons» –- e temos estado a tocar também alguns temas que ainda não tínhamos apresentado ao vivo, como é o caso do tema-título do «The Holographic Principle», que incluíamos ontem à noite pela primeira vez na setlist. Havia imensa gente a pedir-nos para o tocarmos desde que o álbum foi editado, por isso resolvemos fazer-lhes finalmente a vontade. Como vamos fazer dois concertos, em Lisboa e no Porto, tenho a certeza que vamos incluir essa canção no alinhamento, nem que seja só num dos dois espectáculos. Portanto, se quiserem mesmo ouvi-lo, o melhor que têm a fazer é aparecer nas duas datas. [risos]

Nesta altura já têm oito álbuns no vosso fundo de catálogo… Está a tornar-se cada vez mais difícil elaborar as setlists?
Sem dúvida! Nós, por um lado, queremos muito tocar tanto material recente quanto seja possível porque é aquele que ainda está mais fresco, mas temos plena consciência de que não podemos ignorar os temas que os nossos fãs querem ouvir. E pronto, é óbvio que vai haver sempre alguém que acha que devíamos ter tocado este ou aquele tema em vez de outro qualquer… Isso é algo a que já estamos habituados. De qualquer forma, quando fazemos mais de um concerto em determinado país, tentamos sempre variar um pouco os alinhamentos e manter toda a gente feliz. Assim, quem nos vir mais que uma vez na mesma tour, pode ter a certeza que não vai ver o mesmo concerto duas noites seguidas.

Há algum tema que já estejas farto de tocar?
Não é que esteja farto, mas não gosto muito de tocar a «Never Enough» –- e sei que não sou o único na banda a sentir isso! [risos] Não sei exactamente porquê, até porque adoro a versão de estúdio, mas nunca me divirto a tocá-la ao vivo.

[J.M.R.]

[PASSATEMPO ENCERRADO]

A LOUD! não quer que ninguém fique de fora, e como tal, tem entradas para oferecer a quem quiser ir ver os EPICA. Ganham uma entrada os mais rápidos a enviar um e-mail para o endereço geral@loudmagazine.net com o assunto “QUERO IR VER OS EPICA!”, acompanhado do vosso nome completo, número de BI/CC e preferência de data (Lisboa ou Porto). Toca a participar!

VENCEDORES: Martim Norte | Pedro Miguel Fouto de Góis | Rute Nazaré Viegas Laranjeira | Duarte Alves de Azevedo Álvares Pereira | Valter Luis Rodrigues Silva | Rui Manuel Silva Gomes | Maria Amália Pereira | Paulo Manuel Passos Barros | José Gustavo Montanha Meireles Martins | Maria Arlete da Silva Pereira

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