SYSTEM OF A DOWN: Shavo Odadjian explica porque é que a banda ainda não gravou música nova [entrevista]

Sejamos sinceros, quem é que, aí desse lado, não gostava de ouvir música nova dos SYSTEM OF A DOWN? Infelizmente, essa realidade começa a parecer cada vez mais distante até para os fãs mais crescentes. O vocalista Serj Tankian já disse que os músicos “não são capazes de se entender” no que toca a um novo álbum, o guitarrista Daron Malakian, por seu lado, já veio afirmar que Tankian nem sequer queria fazer os álbuns «Mezmerize» e «Hypnotize», de 2005. Além das diferenças criativas que possam existir, a verdade é que também há também rumores de uma disputa legal sobre como dividir os royalties da composição e, agora, Shavo Odadjian veio dar a sua visão da situação numa entrevista a Eddie Trunk. Basicamente, o baixista diz que os quatro músicos se dão todos muito bem fora dos negócios da banda e que, aparentemente, o maior problema é mesmo o facto de Serj ainda não ter concordado com as novas músicas que devem gravar. Em baixo, podes ler um pequeno excerto ou ouvir a entrevista na íntegra.

Qual é o actual estado da banda? Será justo dizer que há um certo nível de disfunção entre vocês? Dirias que é isso que se passa?
Sim, penso que se pode dizer isso. Quer dizer, nós não gravamos há doze anos. Ainda tocamos ao vivo, fazemos digressões; não com a frequência que eu gostaria, mas sinto-me abençoado por poder continuar a fazê-lo. Quando estamos juntos, nós os quatro, não há ódio entre nós. Saímos, divertimos-nos. O que se passa é que não fazemos música juntos, o que é meio frustrante; estou a ser totalmente honesto, porque sei que ainda podemos fazer óptima música todos juntos.

Há fragmentos de temas?
Sim, há.

Até onde foram? Maquetas, gravações…?
Não há nenhuma gravação. Há dois anos, reunimos-nos, os três…

‘Os três’ são a banda menos o Serj [Tankian]?
Bem, menos o Serj porque, na altura, ele estava a fazer muitas coisas a solo e nós estávamos tipo
“Meu, não queremos ficar à espera. Vamos lá e vemos o que podemos fazer.” Fizemo-lo e escrevemos cerca de dez ou onze temas. O Daron trouxe sete ou oito canções; eu trouxe quatro ou cinco ideias que se tornaram temas. Sem as linhas vocais do Serj, claro. Foi muito bom, correu tudo muito bem. Espero, um dia, voltar a esses temas e usar algumas das coisas do Serj também, porque eu sei que ele tem algumas ideias. No meu mundo, por que é que isso ainda não aconteceu é uma grande questão… Acho que podemos superar qualquer coisa porque não é como se alguém tivesse feito algo horrível que não possamos superar — não é nada disso. São apenas diferenças criativas que estão a demorar mais tempo a resolver do que eu gostaria. Já se passou tanto tempo. Eu já nem me lembro por é que não estamos a trabalhar neste momento, percebes o que quero dizer?

O que os fãs não percebem é como é que uma banda se pode reunir e tocar ao vivo, mas não consegue gravar ou fazer uma canção…
Eu sou um desses fãs. [risos] Juro por Deus! Adorava que já tivéssemos feito isso. Quer dizer, se dependesse de mim, nós nunca teríamos parado… Por esta altura já estaríamos, provavelmente, no nosso nono ou décimo álbum.