AC/DC: «Power Up» já disponível para audição na íntegra [streaming]

«Power Up», o tão aguardado álbum de regresso dos AC/DC, já pode ser ouvido na íntegra abaixo. O sucessor de «Rock Or Bust», de 2014, foi gravado durante um período de seis semanas, entre Agosto e Setembro de 2018, nos Warehouse Studios, em Vancouver, no Canadá, com o produtor Brendan O’Brien, que também trabalhou em «Black Ice» de 2008 e «Rock Or Bust» de 2014.“Aquilo de que gosto no Brendan é que ele nos mantém a trabalhar quando estás a fazer um projecto com ele”, disse Angus à Rolling Stone. “É um tipo talentoso. Conhece o baixo, a guitarra e um pouco de bateria. E o piano. Basicamente, cobre todo o espectro do que podemos fazer musicalmente. É muito bom porque estamos a trabalhar com um músico, já que ele pode aplicar aquele conhecimento musical ao que fazemos.“ 

Embora os AC/DC tivessem planeado originalmente lançar «Power Up» no início deste ano, a pandemia forçou a banda a reconsiderar esse plano e, consequentemente, a adiar a edição. “Esperávamos lançar o álbum antes de tudo isto acontecer“, explicou Angus à famosa publicação norte-americana. “O pessoal da editora estava a trabalhar em ideias para a promoção e para os formatos do álbum… E, depois, o vírus apareceu. É claro que meio que colocou todo o mundo em espera.

«Power Up» é o décimo sétimo disco de estúdio da carreira dos AC/DC e apresenta uma formação composta por Brian Johnson na voz, Phil Rudd na bateria, Cliff Williams no baixo e, claro, Angus Young e Stevie Young nas guitarras. Johnson e Williams tinham deixado a banda em 2016 por motivos de saúde; e Rudd foi afastado em 2015 por várias questões legais. Para além disso, este é o segundo álbum gravado com Stevie no lugar do seu tio, o malogrado Malcolm Young, que se retirou em 2014, acabando por falecer três anos depois.

Apesar de Malcolm Young ter sucumbido em 2017 a uma longa batalha contra a demência, segundo os AC/DC, a sua presença é muito sentida neste novo disco, com o músico a ser creditado como co-autor de todos os temas. “Este álbum é basicamente uma dedicatória ao Malcolm, o meu irmão”, disse Angus numa entrevista à Rolling Stone. “É uma homenagem ao Malcolm, assim como o «Back In Black» foi uma homenagem ao Bon Scott.” Conforme o guitarrista explicou, foi só uma questão de ir ao cofre de música inédita do grupo. “Houve muitas óptimas ideias para músicas do período do «Black Ice» que ficaram para trás“, revelou Angus. “Naquela época, o Malcom disse-me para deixarmos essas músicas de lado para, se continuássemos, voltarmos a pegar elas. Isso ficou sempre comigo. Quando as ouvi pensei que, se fizesse mais alguma coisa na vida, tinha de gravar e libertar essas canções”.