AMPLIFEST [FDS2] @ Hard Club, Porto | 13-15.10.2022 [reportagem]

DIA 1

Se há uns anos atrás rondasse o rumor de que o Amplifest um dia viria a ser celebrado não com um mas com dois fins-de-semana (três dias cada um), qualquer ouvinte acharia a ideia de megalómana. A verdade é que, por motivos menos bons, todos pudemos ver algo muito bonito a acontecer. A realização de um sonho para uns foi também a saída da tempestade para outros. O dito FDS2 do Amplifest chegou após uma breve pausa de quatro dias do término do primeiro no Domingo antecedente. Desta vez a festa começa a uma quinta-feira, ainda com a cidade Invicta em plena pulsação cardíaca, e com destino marcado para o já tão familiar Hard Club. Dia 13 arrancou com a restituição do cenário perfeito: o staff, as bancas, as mascotes e os sorrisos de um convívio que podia nunca terminar, com direito a uma soundtrack de boas vindas encarregue aos americanos SHY, LOW a promulgar as primeiras tacadas de peso e densidade no Bürostage. Uma parceria apocalíptica que se benzeu na perfeição pela sequência de acontecimentos entre os riffs atmosféricos para o monolítico sonoro eletrónico do português LUÍS FERNANDES no Beerfreaks Stage, o qual apresentou uma disposição de peso, frequências e tonalidades de respeito.

O final da tarde ficou entregue aos bichos, com um par de colossos deste nosso meio encarregue da maior sala do Hard Club. Um mais recente que o outro mas partilham-se muitas histórias e percursos cruzados por mais de vinte anos no meio comum. Os veteranissimos CAVE IN subiram ao palco Bürostage com uma digna enchente, e observando-se um misto de gerações a povoar as primeirissimas filas do público é seguro dizer que o fenómeno dos Cave In, bem como a sua história, toca a qualquer um independentemente da idade e de há quanto tempo andam nisto. Embelezando o dia com uma entrega supra-competente, o quarteto norte-americano, com Nate Newton dos Converge já em definitivo na formação, trouxeram muitas vezes o «Heavy Pendulum» à baila. Mesmo sabendo que não é nem de perto nem de longe o disco mais consensual da banda, o feedback do público foi de total rendição. E se assim foi com as mais recentes, há que sublinhar o amor que este sentiu pelo momento nas visitas aos grandes malhões da banda como a «Halo Of Flies» ou a «Sing My Loves». Um destaque ao momento de comunhão partilhado com o público, em«Wavering Angel», dedicada aos que partiram prematuramente durante estes anos de pandemia, com direito a lágrimas, abraços e um triunfante aplauso. No final a banda agradece ainda a outro ente querido que partiu inesperadamente, e o grande motivo pelo qual ainda fazem o que tanto gostam, Caleb Scofield.

Com o intercalar sonoro do lendário CASPAR BRÖTZMANN, numa autêntica master class de improvisação e manejo do baixo, rapidamente chegou a vez de retornar ao grande palco, e desta vez com um encapsulamento bem mais experimental, expansivo e tenso. O trio SUMAC pode apresentar uma abordagem bastante simples e directa no que toca à elementaridade do palco, mas é espantoso como tão poucas pessoas em palco causam tanto tumulto. Aaron Turner é perito nas distorções, na idealização de texturas e linhas de riffs inesperadamente sentidas, enquanto o senhor Nick Yacyshyn na bateria consegue surpreender até a pessoa mais desligada da percussão. A abordagem destes três, algo otimizada em função do inigualável Joe Preston, no lugar do habitual Brian Cook, é merecedora de estudo, estudo esse que foi foco das atenções no o concerto que estes apresentaram a um Bürostage absolutamente rendido. Por uma setlist aparentemente curta em numerário mas cirurgicamente substancial, no que toca ao poderio e à capacidade destrutiva, a moldura dos Sumac não tem paralelos. A reacção geral do público conviveu algures entre um estado de genuína admiração estática no tempo. O som não foi o melhor, mas pouca gente trocaria aquele tremor no corpo por outra coisa mais sóbria e polida. A tour de force brilhou em pleno nos testemunhos de «The Task» e «Will To Reach». Destemidos.

Destemido é também a palavra certa para descrever o confronto cerebral do projecto internacional BUÑUEL, composto por um plantel de músicos italianos recheado de talento e bom gosto, bem como o poético confronto de Eugene S. Robinson, dos OXBOW. Daquilo que se ouve no mais recente disco, ainda lançado este ano, «Killers Like Us», a intensidade contida, a precisão muscular e a decadente divagação corporal, Buñuel foi exactamente aquilo que se esperava, e muito mais. Orgânico de uma forma muito sincera e intimidantemente carnal, não há que desviar o olhar, nem escapar à interação de Eugene. É mesmo para ser desconfortável, é mesmo para sentir algum receio. Esteja ele a empurrar o pacote na malta ou a derrubar telemóveis alheios. O senhor fez bem em relembrar que estar a toda a hora a sacar o telemóvel para filmar o momento é deveras estranho. Afinal de contas, se não o fazes quando fodes, porquê agora num concerto de Buñuel? As duas são como a mesma coisa, relembre-se, e toda a intimidade é pouca.

Dando seguimento ao encaixe dos DEAFHEAVEN, há que confrontar a realidade que se há banda que se recusa a agradar a todos, é esta. Uma imagem bastante visível e audível durante os primeiros dez a vinte minutos prestados na sala principal afastou grande parte dos reticentes, e manteve os mais “dedicados” por perto. No entanto, sabem qual é uma das grandes qualidades do Amplifest? Se não estás a gostar do concerto, não fiques a amuar na sala a mandar bitaites desnecessários. Vai para os corredores, compra um par de discos, oferece uns mimos à mascote do festival e reencontra-te com a dezena de caras familiares à tua volta. Não conheces ninguém? Confia, aqui criam-se amizades para a vida. E também para a vida ficam momentos como o fecho da JESSICA MOSS, violoncelista honorária da família da Constellation Records e de A Silver Mt. Zion, a abraçar uma grande fornada de corpos exaustos no seio do Beerfreaks Stage. Já a bater a meia noite e meia e também a artista com um jet lag oriundo da outra margem do Oceano, o que veio a seguir, com pedido da própria para que todos os presentes se sentassem no chão, deu aso a um estado de levitação contemplativo, cuja comunhão permaneceu francamente irresistível. Dos intermináveis loops de violino, às camadas de voz e reverb, aos uivos dos lobos que saíram do PA e do próprio público, se não bastou o sorriso da própria Jessica Moss para traduzir a marca que estes momentos deixam, talvez o aplauso, os assobios e todos os outros sorrisos sirvam para o demonstrar. Obrigado por este fecho. Amanhã há mais.

DIA 2

Para quem procura algo mais no seu festival, o Amplifest dá uma resposta à altura. É por isso que importa prestar atenção às Amplitalks e aos documentários que vão passando todos os dias, porque é certo que encontres por lá uma miríade de coisas do teu interesse. A palestra do segundo dia, com direito a entrevista com as pessoas por trás dos festivais Supersonic (Birmingham), Damnation (Manchester) e do nosso Amplifest, marcou o compasso certo de antecipação para a banda surpresa. Quem preferiu arriscar num dos nomes recentemente acrescentados ao alinhamento após a saída de Petbrick, no Beerfreak Stage estaria a apanhar o TASHI DORJI em colaboração com Nick Yacyshyn dos Sumac. Numa situação destas, ninguém fica a perder. Em contrapartida, sabem quem ficou realmente a perder neste dia de surpresas? As pessoas que decidiram sair do Bürostage assim que os LITURGY se apresentaram como a banda surpresa, e já agora, que aposta por parte da organização! Esta foi a estreia em absoluto em Portugal de um dos nomes de culto da última geração de black metal vanguardista dos Estados Unidos, e a dita não desiludiu. Com um volume apropriadamente esmagador e uma demonstração de virtuosismo em estado puro, seja pelo trabalho das cordas ou pela desconstrução de riffs destilados nas notas abrasivas, as acentuações quase maquinais nos padrões de tempo ou a performance monstruosa de Greg Fox na bateria, facilmente se percebe o valor de dar pelo menos uma chance ao que ainda não se conhece ou ao que não se entende. Com uma avaliação a navegar entre os dois melhores discos da banda, o «H.A.Q.Q.» e o «Aesthetica», o público teve ainda o direito a um fecho monstruoso dez10 minutos com o mais recente single a antecipar o próximo disco. Liturgy passaram com distinção!!

Antes da continuidade do obscuro, dos riffs rápidos e dos blastbeats, fez-se uma breve pausa com a chegada do «adeus» dos nortenhos INDIGNU, nome da casa que, apesar de andarem nisto há mais tempo do que possam julgar, soam ainda como uma banda jovem que acaba de encontrar o seu som. Estes entregaram um dos senão o concerto mais refinado e bem conseguido da colheita portuguesa no cartaz. Isto sem o público que merecia certamente – de casa cheia e à pinha. Para quem ainda tinha uma fome danada por mais black metal, de preferência primal, gélido e em modo apex, os canadianos SPECTRAL WOUND foram sem dúvida o cavalo negro do fim-de-semana. Cobiçados por muitos e observados por poucos (mas bons!) na Beerfreaks Stage, não há discussão acerca disto. Foram imponentes, sem derivação, sem desvios. Durante uma hora o Amplifest pertenceu-lhes. Arrancaram-se mosh pits, punhos no ar e um êxtase que somente black metal deste calibre poderia cunhar, conquista completamente merecida.

Algo que não funcionou tão bem, tem que ser dito, foi o seguimento disto para a cantora e compositora ANNA VON HAUSSWOLFF, após a qual estaria outro assalto por acontecer. Talvez a coisa não pudesse funcionar de outra forma senão desta (logisticamente falando), mas sem tirar mérito e louros à performance global da sueca, a queda de humores e velocidades ressentiu-se numa parte considerável da plateia. Os mais dedicados permaneceram, e os que precisavam de continuar “com adrenalina” partiram. A Anna foi, no entanto, muito competente como já nos tem habituado desde a sua estreia em Portugal no Amplifest 2016, e a sua maturação tanto como performer como compositora continua a surpreender tudo e todos. O registo da sua já familiar setlist pode ter envergado por uma veia mais experimental e paisagística, o que ajudou a “convencer” alguns dos mais abatidos, mas para os mais dedicados qualquer o set apresentado seria divino. Sublinhe-se que quem gostou, não gostou pouco. Gostou muito!

Para quem ficou a desejar por mais caos e estrago, a espera recompensou e bem os mais pacientes. Os escoceses HELLRIPPER, actualmente na estrada com os anteriormente louvados Spectral Wound, foram responsáveis pela rendição do Beerfreaks Stage ao moshpit, crowdsurf e tudo a que o speed e thrash tem direito. Apesar de se tratar de um estilo de música pesada nada habitual na linha tónica do Amplifest, a reacção do público mostrou mais uma vez que a música merece ser celebrada como um todo – sem barreiras, fronteiras e limites. O quarteto merece ser louvado, não só pela dose de adrenalina que administrou à totalidade do público àquela hora, como pela ajuda em mantê-lo em pico a tempo da banda de fecho. Uma enorme chapada na cara.

A chegada dos colossos BONGRIPPER a este cartaz do Amplifest foi quase como um sonho tornado realidade para muitos dos presentes. Uma banda raríssima pela Europa, e ainda mais escassa por estas redondezas do continente, abençoou um Bürostage equipadíssimo de colunas e à pinha na plateia. Já a antecipar-se uma onda de choque predominante nas frequências baixas, nos ritmos espaçados e numa cadência vagarosa mas devastadora, dispensaram-se apresentações e palestras. Era de esperar um volume quase insuportável, mas a verdade é que o conforto prevaleceu entre os que estavam nas linhas da frente. Ouviu-se cada tacada na tarola, no timbalão, cada descida nos trastes e cada tremor nas cordas de baixo. A setlist de três músicas, que passou pelos grandes álbuns alicerces de doom da banda, «Terminal», «Miserable» e o mítico «Satan Worshipping Doom», ajudou o público mais sedento por doom e riffalhada da pesada a escrever uma página muito bonita no término deste capítulo. Uma sequência de vivências que pertencem a uma história que só poderia ser escrita aqui, e que muitos ansiavam que não acabasse tão rápido. As coisas boas acabam depressa, e Sábado é já o último dia, por isso há que aproveitar.

DIA 3

O último dia chegou como um estrondo. A premissa cunhada pelo Amplifest de que neste encontro não existe diferenciação de headliners foi notória ao longo dos dois fins-de-semana e apresentou-se em maior plano na primeira atuação de sábado. O palco principal, o Bürostage, ficou então entregue a uma das artistas do momento – LINGUA IGNOTA aka Kristin Hayter. Com uma progressão artística que já começa a impor respeito, desde o «CALIGULA» ao mais recente «SINNER GET READY», Kristin tem ascendido também pela intensidade emocional dos seus concertos, e isso esteve mais do que evidente aqui. Com uma setlist a percorrer fan-favourites, um atrás do outro, e a recorrer a um layout de palco fielmente remetido à veia DIY da compositora, Kristin conseguiu segurar a atenção da sala inteira do primeiro ao último acorde. Mesmo com uma presença em palco aparentemente intimidante, a realidade de LINGUA IGNOTA é na verdade dolorosamente vulnerável. Sendo que a própria sempre foi muito vocal acerca do que mais lhe marcou na sua vida passada e recente, é gratificante vê-la triunfar com distinção e apreço por parte de um público que a apoia e aplaude. Para alguns, existiu um consenso maioritário de que este foi o concerto do fim-de-semana. Quem não concordou, porém, admitiu-se totalmente rendido à visão da cantora. Para a sala ficar cheia do início ao fim do concerto, talvez a conclusão certa seja mesmo essa. Foi certamente muito difícil de “superar” este acontecimento, mas a verdade é que isto não é uma competição e cada nome tem o poder de trazer ao palco uma coisa distinta e muito particular a si. Os britânicos BOSSK podem não ser revolucionários a reinventar a roda, mas no que toca ao post-metal e sludge de veia atmosférica, a fórmula que estes desenvolveram, que prioritiza a emoção do megalómano, é legítima e muito válida. Louva-se o acompanhamento de fundo de visuais cósmicos e sísmicos a complementar o grupo só veio a acrescentar à atmosfera inteira. Toda uma textura verdadeiramente especial, que tornou a presença deles algo único. Com o público a aderir às cadências de proporções planetárias, o mar de cabeças na Beerfreaks Stage parecia recusar-se a cessar perante este navio determinante. Esmagador.

Os grandes concertos do dia não pararam. Na verdade, à medida que cada banda e/ou artista saía do palco, mais desnecessária se tornava a questão de quem foi o melhor dos melhores. Os nipónicos ENVY convivem num equilíbrio perfeito entre ser uma banda que dispensa qualquer apresentação e ainda haver muita gente que não lhes deu a devida atenção. São inquestionavelmente a banda mais importante do screamo e post-hardcore japonês, e tendo já alcançado um estatuto de culto, há muito que a banda floresceu para fora do seu nicho noutros territórios sónicos, sem nunca se desfragmentar do seu ponto focal. A antecipação foi somente superada pelo concerto dos próprios. Um ambiente de comunidade em estado puro, com um público ao rubro, carinhoso e a partilhar sorrisos por todos os cantos da sala. A interpretação em palco abraçou cada ouvinte ali envolvido e presente, como um lusco fusco a soletrar o horizonte ao longe. Com direito a um par de moshpits e muito crowd surfing, a energia foi o ingrediente certo nesta interação de banda-público.

Após a enchente de Envy no Bürostage, pouco tempo depois ver-se-ia a sala novamente à pinha perante outro colosso desta família. Estes sim, a dispensarem apresentações e espalhafatos desnecessários, o nome de GODSPEED YOU! BLACK EMPEROR ressoa por si só, e isso reviu-se na multidão ali reunida diante da orquestra canadiana. A aura de um concerto desta importância transcende o mundo mesquinho das palavras. Mesmo sendo um encaixe tão fisicamente desafiante em contexto de festival, foram escassas as pessoas que não se renderam ao apaixonante ecoar do momento. E há mesmo que acreditar, descrever este traço no tempo é uma tarefa impossível. As emoções evocadas, as imagens projetadas, a dispensar palavras ou verso, arrancaram um ensurdecedor aplauso de sala cheia. Quer estivesses sozinho, quer estivesses ao lado do teu parceiro ou parceira, ou junto do teu grupo de amigos e amigas, a comunhão de Godspeed You! Black Emperor fez toda a justiça no mundo.

A energia física e mental para muitos dos aqui presentes chegou a um limite e compreensivelmente. Uma vasta maioria das pessoas que já haviam presenciado o primeiro fim-de-semana deram a mão à palmatória e despediram-se do Amplifest com um abraço de GY!BE. Os mais teimosos, e fisicamente disponíveis para a porrada sonora que ainda estava para vir, puderam despedir-se do Hard Club com uma dupla de concertos sem paralelos. SCÚRU FITCHÁDU, tropa panafricana, marcharam Beerfreaks adentro numa entrega de funáná má onda com a maior das sinergias para causar caos. Os presentes, alguns da margem sul, a gritar por Almada, outros de Lisboa a louvar a dança das comunidades, e tantos outros de todo o lado do país e continente e mundo, não mostraram qualquer resistência em devolver a paixão de volta para o palco. Ressoa-se o crioulo gritado ao ar, empurrões no mosh pit, batidas contundentes a arrastar um pézinho de dança. Pegaram fogo ao palco, só se vêem corpos em dança, desde as colunas até à porta da sala. Teve tudo, crowdsurf e até mesmo staff do festival a sentir isto como se fosse o último concerto da sua vida.

A sinergia aqui foi sagrada, crucial para o último grande empurrão para o slot de fecho, dada ao britânico bass-enthusiast dub-master THE BUG. Mesmo a notar-se uma sala bem mais fragmentada com muitíssimo espaço por encher, os mais fortes abraçaram a (boa) parvoíce do volume absurdo. Um PA que mais parece armamento bélico ergue-se no flanco esquerdo da Bürostage, e com um início que começa conservador e tentador, The Bug lança as primeiras ameaças com uma abordagem mais directa e despida, mas muito forte no volume. Quem já o viu no passado, sabe que o britânico costuma esticar bem mais a corda no que toca aos dbs, mas para o standard diário do que se viu até então no Amplifest, este deverá ter sido absurdo. A já esperada chegada do MC Flowdan foi aplaudida com entusiasmo, com o rapper a complementar da melhor forma o corpo da música. Malhas já algo familiares do último disco do The Bug, «Fire», entre outras menos óbvias, contaram para um forte assalto de bass e grime. Combinação vencedora que se prolongou durante um bocado até à surpresa de Miss Red em palco, incendiária cantora que acabou por colocar a cereja no topo do bolo neste já tão idílico fecho.

TEXTO: João “Mislow” Almeida
FOTOS: Geert Braekers