AVENGED SEVENFOLD: Intimidados pelos METALLICA, MEGADETH e GOJIRA, adiam edição do novo álbum

Nos tempos em que vivemos reina a incerteza e há muitas bandas por aí que têm enfrentado um dilema bastante curioso durante a pandemia: lançar música ou não lançar música? Numa entrevista recente, M. Shadows, vocalista e frontman dos AVENGED SEVENFOLD, explicou a decisão por parte da banda de não apressarem o lançamento do seu novo álbum, especialmente numa altura em que a indústria da música ao vivo continua parada. “Ninguém quer lançar o álbum se não pudermos ir em digressão”, explicou Shadows. “Ninguém quer ouvir isto, mas a verdade é que, nos dias de hoje, o rock’n’roll demora muito mais tempo a fazer. Vocês sabem, vão ser três anos para fazer um álbum.

Shadows admite mesmo saber que a expectativa não será a mesma para os fãs se o álbum estiver disponível por mais um ano antes da banda poder voltar a tocar ao vivo.Se lançarmos um disco e ficarmos presos por mais um ano, por mais que as pessoas não queiram acreditar nisso, ninguém vai prestar a mínima atenção a um disco que foi lançado há um ano quando chegar a altura de fazer uma digressão. Isso vê-se todos os dias — basta olhar para o iTunes ou para o Spotify e ver como tudo muda rapidamente, é uma coisa semanal. Se tivéssemos lançado um disco em Agosto, e não pudermos tocar até Agosto de 2021, as pessoas já não querem ouvir isso; vão ficar tipo, ‘o que é que vem aí a seguir?’”.

Assim que o disco dos Gojira, ou o novo disco dos Metallica ou o novo disco dos Megadeth forem lançados, ninguém se vai importar com nada do que tenha saído no ano anterior”, remata o vocalista, assumindo a sombra de nomes mais badalados que o dos AVENGED SEVENFOLD. “A nossa questão toda é simples: se vamos levar três anos a fazer um álbum, vamos ter certeza de que podemos tocá-lo ao vivo e que as pessoas vão ficar animadas com isso.” Dito isto, M. Shadows revela que o próximo álbum, que sucede a «The Stage», de 2016, ainda não está terminado, e diz que o grupo não tinha grandes planos para 2020 antes da propagação da COVID-19, tendo adoptado uma abordagem mais casual ao processo de composição e gravação desde o início da pandemia.