BEAST IN BLACK + FIREWIND @ LAV – Lisboa Ao Vivo, Lisboa | 27.01.23 [reportagem]

É seguro dizer que Lisboa não vivia uma noite de power metal deste calibre há muito, muito tempo. Pelo palco do LAV – Lisboa Ao Vivo passaram duas bandas já com estatuto firmado a nível internacional: primeiro os FIREWIND, de Gus G, que protagonizavam aqui um há muito aguardado regresso a Portugal passados muitos anos de ausência; e, como cabeças-de-cartaz, os BEAST IN BLACK fariam por fim a sua esperada estreia em território nacional. Coube, portanto, aos FIREWIND darem início aos procedimentos, com os músicos a subirem a palco ao som de «Welcome To The Empire», do álbum homónimo editado em 2020. Para além do virtuosismo já habitual de Gus G na guitarra, a banda conta ainda com Petros Christo no baixo, Jo Nunez na bateria e Herbie Langhans na voz. O vocalista alemão encaixa que nem uma luva no som que fazem, agora mais metal do que qualquer outra coisa sem Bob Katsionis. Para além de temas do mais recente disco, de onde se destacaram também «Break Away» e «Rising Fire», ainda houve espaço para «Ode To Leonidas» e «Fire And Fury», durante o qual a guitarra de Gus G deitou fumo. A terminar, tivemos direito a uma versão de «Maniac», o clássico dos anos 80 contido na banda-sonora do filme ‘Flashdance’ e que fez o público dar um passinho de dança e cantar o refrão bem alto. No final, estiveram quase uma hora em palco e pudemos matar finalmente matar saudades dos FIREWIND, mas gostávamos de acreditar que um regresso seja menos demorado. Os BEAST IN BLACK, gozando do estatuto de grande atracção da noite, apresentaram um palco bastante futurístico e a fazer jus às inspirações de filmes de ficção científica, nomeadamente do incontornável ‘Blade Runner’, que estão muito presentes presentes no conceito por trás so mais recente álbum do grupo, «Dark Connection». A prová-lo, os músicos deram início à sua actuação exactamente ao som de «Blade Runner» e, a partir daí, aquilo a que assistimos foi a um literal festim de cantorias, melodias contagiantes, muita luz, poses em palco e um Yannis Papadopoulos a cantar “nas horas”. Temas como «Unlimited Sin», «Moonlight Rendezvous», «Hardcore» ou a balada «OceanDeep» fizeram as delícias dos fãs, sendo que não faltou também o já clássico «Blind And Frozen», tocado ainda antes de um encore muito requisitado. Para o final, ficaram «Cry Out For A Hero», «One Night In Tokyo» e «End Of The World», que levaram o público ao rubro. Por parte da banda, ficou a promessa de um regresso em breve. Cá os esperamos!