O ritmo de concertos tem aumentado exponencialmente nos últimos tempos, o que é um excelente sinal, dando a desejada sensação de normalidade que faltava após mais de dois anos de pandemia. Este Sábado foi exemplo disso mesmo, com diversos eventos a acontecer, e com um deles a ser o regresso do MASSACRE METAL FEST em Á-dos-Loucos, no concelho de Vila Franca de Xira. Um regresso com um estrondo, já que estava prevista uma autêntica maratona com dez bandas nacionais num cartaz de qualidade bastante elevada, e essas previsões bateram certo, em ambos os pontos: a maratona (para a duração da...
Ler maisUma das coisas que vamos percebendo sobre a música, à medida que amadurecemos e, se tudo correr bem, formos expandindo os nossos horizontes, é que o "peso", essa característica que tanto prezamos e que tantas vezes atribuímos com quase exclusividade ao género do metal que a maior parte de nós/vós tem como origem, pode ter muitas formas. Muito barulho, ou blastbeats incessantes, ou seja o que for, não constitui por si só peso musical. Sim, claro que as nossas bandas favoritas que usam esses factores são incomensuravelmente pesadas, e é assim que gostamos delas. Mas tal como um tipo aos...
Ler maisEntão e, passado aquele primeiro dia, o da retoma, o da excitação de voltar a pisar o terreno profano de Barroselas, a meca do metal extremo nacional, o dos reencontros e reatamentos, o entusiasmo continua o mesmo? Tirando os óculos cor-de-rosa, adicionando eventuais ressacas, com os mais anti-sociais de entre nós já começando a estar fartos de pessoas, de levar com cerveja em cima, dos stagedivers que não nos deixam ver os concertos em paz... Pode-se dizer que o SWR Feast continuou a ser esse sucesso todo? Sim, pode-se. If anything, este segundo dia ainda foi melhor, e não foi...
Ler maisPodemos não ter ainda voltado à "normalidade" a 100%, mas poucas coisas nos fazem sentir por dentro que o pior já passou do que estar a caminho de Barroselas para mais uma edição do SWR. Feast, em vez de Fest, oito bandas por dia em vez de demasiadas, possibilidade de ver todas e estar na caminha antes das 2 da manhã, só dois dias, mas whatever, SWR é SWR. Isso fica amplamente patente assim que se mete o pé no recinto - limitado à SWR Arena no exterior como palco "principal" e ao SWR Cafe convertido em palco "secundário" -...
Ler maisNão deixa de ser sincronismo poético que ROSS THE BOSS, o guitarrista original dos MANOWAR, visite o nosso país quando a sua antiga banda está agendada para comparecer no Laurus Nobilis também este ano. Para muitos, a melhor era dos auto-proclamados Kings Of Metal foi mesmo quando Ross Friedman fazia parte da formação. Décadas passaram, mas esses anos iniciais permaneceram na memória de muitos e são incontornáveis na história do heavy e do power metal, pelo que é natural que o seu trabalho a solo reúna interesse nesta altura. Interesse que não esmorece pelas frequentes passagens pelo nosso país, e...
Ler maisE o festival continuou a acontecer! Parafraseando o nosso caro Emanuel na sua análise de ontem ao concerto dos headliners do primeiro dia, os polacos Mgła, o SWR sobrevive de forma estóica. Seja Feast ou Fest, seja com mais ou menos bandas, seja com palcos maiores ou mais pequenos, seja enfiados no SWR Café ou até mais à vontade do que seria de prever, apesar da afluência considerável, na arejada SWR Arena, o que interessa é que o espírito estava lá todinho. Não interessa se foram "só" dois dias e dezasseis bandas, num evento que até já chegou a ter...
Ler maisDepois de «God Is Data», o primeiro álbum dos PINTURAS NEGRAS, de 2016, o trio surge agora com um disco ainda mais estranho e ousado. «Bestia: An Exercise In Cowardice And The Evil Within», assim se chama o trabalho para 2022, foi gravado já em 2017, no Stone Sound Studio em Rebordosa. Este registo “dá seguimento à filosofia experimental do projecto”, segundo os póprios. Ideia e filosofia, começaram a formar-se no Porto, em 2013. Inicialmente, as ideias partilhadas assumiram a forma de maquetas que traduziam o desejo de percorrerem sonoridades menos visitadas pelos músicos nos seus outros projetos. Brincadeiras musicais,...
Ler mais"Seven deadly sinsSeven ways to winSeven holy paths to HellAnd your trip beginsSeven downward slopesSeven bloodied hopesSeven are your burning firesSeven your desires"Iron Maiden - «Moonchild», 1988 Existem diversos significados para o número sete, sendo alguns deles enumerados na introdução acústica de «Moonchild», que abre o sétimo álbum dos Iron Maiden, «Seventh Son Of A Seventh Son». O número é referido 77 vezes no Velho Testamento e, tendo criado o mundo em seis dias, o criador terá descansado ao sétimo dia, tornando o algarismo representativo da perfeição e da conclusão. No domínio da numerologia, representa a totalidade do universo e...
Ler maisNão será propriamente uma surpresa para ninguém afirmar que aquilo que o Greg Anderson tem vindo a fazer ao longo da carreira se encontra entre o melhor que o género já produziu. Que género? Não sei, ninguém sabe, nem vale a pena saber - e quem gosta de chamar nomes às coisas arrepende-se sempre mais tarde ou mais cedo quando se engana no caminho para o Bairro Dos Burgueses Asseados e dá consigo perdido algures nas florestas de distorção pantanosa que Anderson tem vindo a conjurar há já mais de 40 anos. Neste grande guarda chuva a que chamamos música...
Ler maisFazer um segundo disco é um misto de superação, afinação e definição. Neste caso, o aspecto da superação é, desde logo, óbvio, pois tudo que estava na cabeça e foi transposto no momento do primeiro disco carece sempre de ser melhorado. A experiência aumentou e o(s) músico(s) tiveram a primeira experiência de ver o resultado final das suas ideias. Será mau sinal quando uma banda jovem não encontra necessidade de superar o trabalho primário. A afinação será talvez o lado menos visível, mas também facilmente explicável. Métodos que até resultaram precisam apenas de ser revistos, corrigindo erros de processo, por...
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