Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Uma sangria no deserto

O mundo africano que o padre jesuíta Jerónimo Lobo viu no segundo quartel do século XVII alteava-se de complexidades dramáticas: só o facto de ele ter sido obrigado a mudar de nome para garantir a sobrevivência consiste num caveatcapaz de deixar qualquer um de sobressalto: «Recebi porem primeiro carta do Pe. Superior da Missão que mudasse o nome de Lobo en outro qualquer porque como todos … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Uma sangria no deserto

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Quando o Diabo andou à solta

Na noite de 8 de Fevereiro de 1855, um espesso nevão cobriu o condado de Devon, no sul de Inglaterra — diz-se que o frio foi tão forte que congelou o rio Exe, aprisionando as aves aquáticas que aí dormiam. Todavia, os indivíduos não acharam que a súbita vaga de frio provocasse mais calafrios que umas insólitas pegadas fissípedes descobertas nessa manhã: com mais ou … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Quando o Diabo andou à solta

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Os coelhos de Mary Toft

Uma gravura intitulada Cunicularii, or The Wise Men of Godalming in Consultation (Os Cunicularii, ou Os Sábios de Godalming em Consulta, 1726), da autoria do artista inglês William Hogarth (1697-1764), consiste numa sátira ao estranho caso da camponesa inglesa Mary Toft, que aqui aparece a parir coelhos ininterruptamente enquanto o obstetra inglês Richard Manningham, da Royal Society, a inspecciona em busca de vestígios de fraude. Na vila de … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Os coelhos de Mary Toft

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Jack, o Tripeiro

Nos últimos dias de Novembro de 1888, um administrativo alfandegário inglês chamado Edward Knight Larkins começou a enviar consecutivamente por carta a várias autoridades britânicas a sua teoria sobre a identidade do assassino em série Jack, o Estripador, que, nesse Outono do Terror, matara pelo menos cinco mulheres no distrito londrino de Whitechapel. Segundo a bizarra teoria que o autor promoveu obsessivamente, Jack, o Estripador, seriam … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Jack, o Tripeiro

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Um “suicídio surpreendente” por auto-crucificação

Em Veneza, na noite de 19 de Julho de 1805, um aprendiz de sapateiro chamado Mattio Lovat, de quarenta e quatro anos de idade, crucificou-se numa grande cruz de madeira que construiu para esse efeito com as tábuas da sua cama: de modo a mimetizar com fidelidade a Paixão de Cristo, infligiu um golpe de navalha no torso para simular a chaga perfurada pela lança … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Um “suicídio surpreendente” por auto-crucificação

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Os livros do bacalhau

No Verão de 1626, um pacote insólito foi entregue à reitoria da universidade inglesa de Cambridge: embrulhado num pedaço de linho estava um pequeníssimo livro — impresso no formato sextodecimo, inventado em meados do século XVI pelo tipógrafo francês Guillaume Rouillé (1518-1589). Em péssimo estado de conservação, ensopado e desfeito, tinha sido encontrado nas entranhas de um bacalhau acabado de amanhar no mercado da cidade — … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Os livros do bacalhau

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: O Porqueiro, uma profissão marginal

Em meados do século XIV, um porcariço (ou porqueiro) francês foi acusado de sodomizar outro porqueiro que tinha oito anos de idade; diagnosticado com a chamada Doença de São João (um dos nomes populares dados à epilepsia), o agressor foi exilado em vez de ser executado. Porém, passado pouco tempo foi preso em outra cidade por reincidir no mesmo tipo de delito e dessa vez … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: O Porqueiro, uma profissão marginal

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Sobre livros e carneiros

Existem ligações evidentes entre a lenda grega de Hermes Kriophoros (Hermes Portador de Carneiros), mais as suas representações clássicas (como esta cópia tardo-romana de um vulto feito pelo escultor grego Calamis, no século IV a. C., pertencente à colecção do Museo di Scultura Antica Giovanni Barracco, em Roma), e a iconografia paleocristã que nos chegou datada do século II, na qual Cristo também surge como crióforo, … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Sobre livros e carneiros

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Algumas superstições, crenças e mezinhas populares portuguesas

Sobre animais: – Quando se mata uma galinha e ela tem muitas convulsões, mas não morre, é porque alguém sente pena. – Quando um cão uiva, está a chamar desgraça. Para evitá-la, deve tirar-se de imediato os sapatos, virá-los de solas para cima e pôr os pés descalços sobre eles. Em seguida, deve dizer-se três vezes: “Maria, dá pão ao cão”. – Para matar morcegos … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Algumas superstições, crenças e mezinhas populares portuguesas

Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Apontamentos sobre a história do pentagrama

Qualquer símbolo comporta diferentes significados de acordo com o contexto em que é empregado e as origens de alguns símbolos são difíceis de apurar. Miríades de símbolos surgem, de modo autónomo, em diversas culturas que não se relacionam entre si; às vezes com definições diferentes, outras com sentidos semelhantes. A interpretação deve ser feita no âmbito dessas diversificadas aplicações. O pentagrama é um símbolo universalmente … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Apontamentos sobre a história do pentagrama