DANI FILTH, dos CRADLE OF FILTH, rasga elogios aos GHOST

Liderados pelo multi-instrumentista sueco Tobias Forge, os GHOST são uma das grandes sensações do momento — dentro e fora do heavy metal. O tem hoje uma vasta legião de fãs, e uma considerável horda de detractores, mas o britânico Dani Filth, vocalista, estratega e força motriz dos CRADLE OF FILTH, certamente que não se enquadra neste último grupo. Muito pelo contrário, aliás. O “berrador” falou sobre a banda sueca na edição mais recente da revista Metal Hammer e não poupou elogios ao projecto encabeçado pelo criativo Tobias. “Sou fã dos Ghost“, disse ele. “A verdade é que adoro a estética da banda, e adoro o que fazem com a música deles. Gosto muito de coisas como Blue Öyster Cult, aquele rock meio ocultista dos anos 70, pelo qual são definitivamente influenciados. E depois, há toda a associação ao King Diamond — eu noto essas referência quando os ouço“.

Falando sobre «Prequelle», o quarto LP dos GHOST, lançado em 2018, Dani diz que o Forge “parecem ter esculpido um nicho para si mesmo no qual se encaixa muito bem. Eles conseguem abranger todas as coisas fixes do heavy metal, mas não são realmente heavy metal, o que é a coisa mais estranha — são uma banda de rock e têm grandes canções de rock. O «Prequelle» tendeu mais para esse lado dramático e teatral, e tem alguns temas muito bons, como são o caso da «Rats», «Witch Image» e a «Life Eternal», que é verdadeiramente épica. No entanto, a tinha canção favorita deles é a «Dance Macabre». Lembro-me de estar em Atenas e ouvi-la pela primeira vez, e fiquei a pensar para mim mesmo ‘uau, o que é isso? Seja o que for, é brilhante!'”. Quanto ao aspecto visual, algo que ele próprio explora a fundo nos CRADLE OF FILTH, diz que. “o mais engraçado no meio disto tudo é que essa estética satânica e assustadora transformou na ‘cena’ deles, mas provavelmente seriam muito maiores se não tivessem essa estética. Ou será que seriam? Não sei. NO entanto, suponho que as pessoas adoram um bocadinho de Satanás“.

No passado mês de Maio, sem que nada o fizesse prever, os extremistas britânicos CRADLE OF FILTH separaram-se do guitarrista Richard Shaw e da teclista Anabelle Iratni. Shaw foi substituído por Donny Burbage, com Zoe Marie Federoff a ocupar o lugar deixado vago por Iratni. “É com a maior das tristezas que os CRADLE OF FILTH são forçados a anunciar a saída do guitarrista Richard Shaw e da teclista Anabelle Iratni da banda“, comentou o frontman Dani Filth. “Devido a outros compromissos, o Richard vai passar o seu prestigioso bastão ao recém-chegado Donny Burbage, que cumprirá as funções de guitarrista durante a próxima digressão norte-americana com DANZIG, ao lado de Ashok e do baixista Daniel Firth. Despedimo-nos também da Anabelle e agradecemos-lhe a fantástica contribuição para «Existence Is Futile», sendo a sua sucessora a muito talentosa cantora/teclista Zoe Marie Federoff. Tal como o que se passou com o Rich, a banda deseja que a Anabelle continue a ter sucesso em todos os seus esforços futuros“.

Em relação ao que levou à partida de Shaw e Iratni, Filth diz que “infelizmente é apenas o que é. Se alguém sente que o seu tempo com a banda está a chegar ao fim, quem sou eu para discutir isso? Temos de respeitar que as pessoas têm compromissos pessoais e/ou que, por vezes, consideram a escolha da carreira de estar numa banda como a nossa um pouco avassaladora. Dito isto, a banda continua tão incansável como sempre, com uma série de datas em festivais de Verão a acontecerem após a digressão com o DANZIG nos Estados e no Canadá, mais outros anúncios planeados para o Outono. Temos também outras notícias emocionantes para partilhar, mas tudo a seu tempo!“. «Existence Is Futile», o mais recente álbum dos CRADLE OF FITH, foi lançado em Outubro do ano passado.