DRAGONFORCE: Segundo Herman Li, “a cena do metal nega a existência de racismo”

Como Maio é o mês da herança asiático-americana e das ilhas do Pacífico, a Heavy Consequence publicou um excelente artigo sobre o racismo que ainda afecta muitos músicos asiáticos, asiático-americanos e das ilhas do Pacífico — entre os músicos que foram entrevistados contam-se Mike Shinoda, dos LINKIN PARK, Freddy Lim, dos CHTONIC e Herman Li, dos DRAGONFORCE. Na entrevista de Li, o guitarrista revela que, desde o início da carreira da banda, experimentou mais que uma vez sentimentos anti-asiáticos, incluindo insultos de um famoso idiota que tratava de o incomodar sempre que podia. Lembro-me de fazer um concerto com os Atreyu, num daqueles dias péssimos durante o Ozzfest, e alguém me ameaçou. Queria inclusivamente espancar-me quando o concerto acabou. Aconteceu perto do parque de estacionamento e, verdade seja dita, não havia qualquer motivo real para isso se passa, começou por recordar Li.

Não há muitos guitarristas asiáticos, e os chineses são ainda menos“, continuou o músico.Outra experiência: antes dos Dragonforce se terem tornado maiores, costumava receber telefonemas em minha casa quase todos os dias, às vezes às 04:00, às vezes às 19:00, de alguém que fazia um sotaque engraçado e me insultava. Basicamente eram chamadas anónimas e foi algo que durou vários meses. Às tantas tive que envolver a polícia, mas não eles também não conseguiram localizar o número. Essas coisas todas aconteceram, mas eu fui capaz de canalizar essa energia para me fortalecer e transformar os Dragonforce numa banda bem sucedida. Acho que a cena do metal nega a existência de racismo. Na verdade tenho imensas histórias absurdas, mas não costumo falar sobre isso e quando eu dou entrevistas, nunca sou questionado sobre isso porque as pessoas assumem o esse tipo de problemas não existem.” Podes ler o artigo, na íntegra, aqui.