Originalmente editado a 21 de Fevereiro de 1994 pela Candlelight Records, o álbum de estreia de uma das mais lendárias bandas norueguesas de black metal foi lançado há precisamente 29 anos. O sucessor do também muito influente EP «Emperor», que tinha sido lançado apenas um ano antes, foi produzido, durante o mês de Julho de 1993, pela própria banda em parceria com o muito reputado Pytten — que gravou quase todos os discos lendários da tendência norueguesa — nos estúdios Grieghallen. Lançado apenas alguns meses depois do julgamento de Varg Vikernes, o disco encontraria em breve três dos seus quatro autores presos, mas demonstrou de maneira retumbante que havia substância e ambição musical real no mundo do black metal. Na verdade, a visão épica de Ihsahn e companhia não combinavam com a mentalidade “anti-música” do resto da cena, mas os músicos captaram a essência do género e, ao mesmo tempo, reescreveram completamente o seu livro de estilo. Todas as marcas básicas do black metal estão aqui — os blastbeats furiosos, as descargas de tremolo, as vocalizações reptilianas –, mas combinadas com teclados atmosféricos e uma grandiosidade sinfónica que nunca se tinha ouvido até então. No final, o «In The Nightside Eclipse» é um disco de música extrema, mas expressiva, destinada a evocar não apenas escuridão e morte, mas também o frio de um inverno norueguês e da paisagem dura e implacável retractada na sua capa.
