Ex-tour manager de MARILYN MANSON corrobora as acusações de abuso sexual feitas por EVAN RACHEL WOOD

Hoje, ao início da tarde, demos-vos conta das acusações de abuso sexual de que MARILYN MANSON está a ser alvo por parte da actriz EVAN RACHEL WOOD e de quatro outras mulheres, que detalharam as suas “experiências angustiantes que incluem agressão sexual, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação“ às mãos do cantor norte-americano. Entretanto, Wood recuperou também um tópico no Twitter, originalmente publicado no Outono passado, em que um antigo tour manager de Manson corrobora as suas afirmações. Dan Cleary diz que trabalhou para MARILYN MANSON entre 2007 e 2008, quando o shock rocker namorava Wood e que testemunhou o abuso em primeira mão. Na publicação, datada de 12 de Setembro de 2020, que pode ser vista em baixo, Cleary escreve que “ela esteve em digressão connosco o tempo todo e, ao longo de cerca de um ano, ele transformou-a numa pessoa diferente. Ele ‘quebrou-a’. E eu só mais tarde é que percebi totalmente o que se estava a passar.

Comecei a trabalhar como assistente pessoal dele em 2014-2015“, recorda o tour manager.Vi-o, repetidamente e em primeira mão, a ser um namorado violento e abusivo para a namorada da altura, que era a Lindsay. Durante um período de quase dois anos, vi-a em lágrimas e ele a gritar e menosprezá-la com ainda mais frequência do que fazia a mim. Ameaçava matá-la, cortá-la, enterrá-la, constrangê-la frente ao mundo inteiro. Fazê-la chorar e temê-lo fazia-o sentir-se bem… Estava sempre a lembrá-la que seria uma sem-abrigo sem ele e estava constantemente a gozar com um lembro da família dela que tinha uma deficiência. Todos no seu círculo imediato sabem o que se passa. Mas todos, incluindo eu, têm medo de dizer seja o que for por causa do ‘código’. Falar sobre os assuntos privados das pessoas não é aceitável. Aqueles de nós que ficaram calados fizeram-no porque estavam a ganhar a vida. E é difícil encontrar trabalho na música quando não conseguimos manter a boca fechada. Mas basta. Os fãs vão ficar furiosos e não vão acreditar porque não querem fazê-lo. Eu entendo isso. Sinto muito por eles. Mas esta é a verdade.

Confesso que uma das razões que me fez ficar calado foi uma coisa gentil que ele fez por mim“, explica ainda Dan Cleary.Estávamos em digressão em 2007 e a minha madrasta morreu de repente. Fui para casa durante uma semana com o dinheiro da produção e eles pagaram-me como se estivesse a trabalhar. Nunca me vou esquecer disso e, sinceramente, foi algo que significou muito para mim. No entanto, vendo que há tantas pessoas a defendê-lo e a dizerem que estas acusações são falas, sinto que basta. Acreditem nestas pessoas, eu vi estas coisas a acontecerem. Não tenho nada a ganhar com isto e tenho muito a perder. Há pessoas da equipa dele de que ainda sou próximo, por isso peço-lhes as minhas mais sinceras desculpas. Mas eles também sabem que estou certo. Ele é um músico brilhante, um homem incrivelmente inteligente e engraçado. Mas também é um viciado em drogas, uma pessoa abusiva mentalmente e fisicamente, que tem a capacidade de ser super gentil e emocional. É difícil perceber. Não estou a pedir para ele ser ‘cancelado’, o meu único foco é que as pessoas não chamem mentirosas a essas mulheres. Elas não são mentirosas. O Manson deu-me sustento por muito tempo, deu-me óptima música quando criança, e agradeço as oportunidades. Vi o mundo inteiro pela primeira vez com ele. Isto não é fácil, mas eu tinha de fazê-lo.