GRAMMYS 2021: Músicos criticam ‘tributo’ a Eddie Van Halen durante a cerimónia

Embora já não seja propriamente uma surpresa — convenhamos, por esta altura já é mais uma tradição que outra coisa qualquer –, a verdade é que os Grammy Awards continuam a tentar “engavetar” o metal e o rock à força toda e, ano após ano, a The Recording Academy continua a encontrar novas formas de irritar a comunidade do metal e do rock. Case in point, na cerimónia deste ano, que aconteceu no passado Domingo, 14 de Março, vimos o Lionel Richie a fazer uma homenagem comovente ao falecido Kenny Rogers. Até aí, tudo bem. No entanto, a falecida lenda da guitarra EDDIE VAN HALEN teve direito apenas a um breve momento de honra, com o seu nome a ser exibido num ecrã enquanto a sua icónica guitarra era exibida no palco vazio. O clip durou cerca de trinta segundos e vários músicos e personalidades do meio, incluindo o ex-vocalista dos VAN HALEN, Gary Cherone, Eddie Trunk ou Chris Jericho, entre outros, responderam nas redes sociais expressando o seu desapontamento.

Face às reacções, Wolfgang Van Halen, o filho de Eddie, manifestou-se também via Twitter. O músico concordou com a decepção generalizada e explicou ter recusado participar na cerimónia, apesar de ter sido convidado para fazê-lo. “Os Grammys pediram-me para tocar a «Eruption» no segmento ‘In Memoriam’ e eu recusei“, diz o músico. “Não acho que ninguém pudesse honrar tudo o que o meu pai fez pela música, excepto ele próprio. Pelo que me foi dado a entender, haveria um momento ‘In Memoriam’ em seriam tocados que trechos de músicas para artistas lendários que tinham falecido durante o ano passado. Não sabia que eles iam mostrar o meu pai durante apenas 15 segundos no meio de quatro apresentações completas para outros artistas que tínhamos perdido. No entanto, o que mais me doeu foi ele nem sequer ter sido citado quando falaram dos artistas que perdemos no início do espectáculo. Eu sei que o rock não é o género mais popular no momento, (e a academia parece um pouco fora de alcance), mas acho que é impossível ignorar o legado que o meu pai deixou no instrumento, no mundo do rock e na música em geral. Nunca haverá outro inovador como ele.