IGGOR CAVALERA diz que, por vezes, “o metal é demasiado conservador”

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O experiente e muito aplaudido baterista brasileiro IGGOR CAVALERA tornou-se famoso em todo o mundo graças ao seu percurso com os SEPULTURA, mas nunca ficou preso apenas ao metal extremo e, durante uma brilhante carreira, já passeou por uma série de outros géneros musicais. Pois bem, essa sua versatilidade foi um dos assuntos abordados numa entrevista recente com a Metal Hammer UK, publicada no passado dia 30 de Novembro. “Sempre tentámos ter a mente um pouco mais aberta ao escrever e colaborar com outras pessoas“, começou por explicar o músico de 52 anos. “As minhas colaborações com os Soulwax ou Ladytron decorreram desse estado de espírito de querer trocar ideias e explorar conceitos diferentes“. Durante a conversa, Iggor falou também sobre o icónico «Roots», dos SEPULTURA, um dos trabalhos mais célebres que alguma vez gravou. Lançado em Fevereiro de 1996, o sexto álbum da banda oriunda de Belo Horizonte mostrou-os a incorporarem influências da música tradicional brasileira e nu-metal na sua fusão de thrash e death metal, transformando-os em algo único e, pelo caminho, chocou o mundo da música pesada com os seus elevados níveis de inovação. “O «Roots» foi o culminar de muitas dessas coisas das quais estamos a falar — ter a mente aberta, tentar experimentar estilos diferentes e ultrapassar os limites das coisas dentro de uma cena que, às vezes, não é assim tão progressiva“, afirmou Iggor. “O metal, às vezes, pode ser demasiado conservador, e o ‘Roots’ surgiu num momento em que estávamos tentando ultrapassar esses limites, respeitando o que estávamos a experimentar. Para nós, era um pouco chato termos de fazer o mesmo disco repetidamente“. Iggor abandonou os SEPULTURA em 2006 e, actualmente, faz parte de diferentes projectos, entre os quais os PETBRICK e os CAVALERA CONSPIRACY, onde volta a estar ao lado do seu irmão, o guitarrista e vocalista Max Cavalera.