IHSAHN diz que The Weeknd é “mais obscuro” que a maior parte das bandas extremas actuais

Não é a primeira, e não será certamente a última vez que a lenda do black metal, Ihsahn, tece críticas ao estado actual da cena do metal. Desta vez, o exemplo usado foi nada menos que The Weeknd, o famoso nome do hip-hop, que o músico norueguês que pontificou nos Emperor chamou de “mais obscuro e mais experimental” que a maior parte das bandas extremas da actualidade. Ihsahn, que revelou andar a ouvir o álbum novo de Abel Tesfaye, um cantautor canadiano, intitulado «Dawn FM». “É tão pesado,” descreve o nórdico, cujo nome verdadeiro é Vegard Tveitan. “Se calhar sou só eu a ser velho e resmungão, mas há tanto metal a aparecer onde não há nenhum perigo. Ouço muito R&B comercial como The Weekend actualmente. E isso é mais edgy e mais experimental do que a maior parte das bandas de metal extremo novas, para ser sincero.” Apesar de ter o impacto que tem, é uma opinião que não é nova da parte de Ihsahn, um conhecido explorador de vários géneros muitas vezes “proibidos” à cena extrema. Em 2018, afirmou que a sua música é influenciada pela “coragem” do álbum «Yeezus», de Kanye West. “Sejamos honestos, enquanto pessoa, enquanto personagem, ele não é o mais fácil por quem ter alguma empatia,” disse na altura numa entrevista a um canal televisivo da República Checa. “Mas às vezes a tua relação com a pessoa e o artista, se eles não agem da maneira que preferes, acabas por trazer isso contigo quando ouves a música. Mas apesar disso tudo, não há como negar que esse álbum é muito corajoso. E acho que o tipo de ego megalomaníaco que está por trás dele é o que faz dele genial. Não há nenhum pensamento comercial quando fazes um álbum assim, quando gritas uma letra como ‘I am a God’. É uma loucura, e adoro.Ihsahn foi mesmo mais longe ao dizer que “tenho esta teoria de que as criações verdadeiramente novas na música, os génios reais, acontecem no underground, onde não há dinheiro e as pessoas só fazem as coisas por ambição artística, e quando mais perto se chega do topo, já há tanto dinheiro que já ninguém se interessa, porque podem fazer tudo o que quiserem que é igual. De resto, há todos os que estão no meio, que tentam fazer as coisas ‘certas’ e fazem os compromissos que tiverem que fazer para lá chegar.