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IRON MAIDEN: A [R]EVOLUÇÃO DE EDDIE

Esta é a história do incontornável EDDIE, uma das mascotes mais famosas de todos os tempos no universo da música feita com guitarras.

«Senjutsu» é o enigmático título do mais recente longa-duração de estúdio dos IRON MAIDEN, já o 17.º assinado pelo grupo liderado pelo intrépido Steve Harris. Anunciado com uma campanha promocional verdadeiramente exemplar, horas depois do primeiro tema ter sido tornado público, a discussão já se dividia entre a nova música e, claro, o novo Eddie.

Hoje em dia, não há como negá-lo: os fãs da lendária banda britânica tanto querem saber como soa a nova música como querem saber qual o aspecto do Eddie. O grupo sabe disso, sendo que se multiplicam os formatos e os modelos de t-shirts, bem como toda uma linha de merchandising que se apoia numa figura que hoje não só significa IRON MAIDEN, mas também HEAVY METAL. Esta é a história de uma das mascotes mais famosas de todos os tempos no universo da música feita com guitarras.

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Há uns anos, um veterano da cena punk portuense assumia-se fã dos Iron Maiden, mas confessava ter passado alguns concertos até conseguir ver o Eddie. “Saía de Moncorvo, viajava até ao Porto, depois até Lisboa”, confidenciava. “Eram dois dias sempre a beber e, no concerto, aterrava a meio”. Neste simples relato, muito era diro. A transversalidade da banda britânica, cativando fãs de várias áreas musicais, a assiduidade em Portugal, o esforço feito para se poder assistir a um concerto seu e o simbolismo de Eddie, “The Head”.

A origem do personagem é por demais conhecida. Nada demasiado pensado, apenas um jogo de luzes sugerido por Vic Vella, como recorda Dave Lights, na biografia oficial, ‘Run To The Hills’, da autoria de Mick Wall. Aquele que foi um dos primeiros técnicos da banda, recorda como foi ajustando as luzes e, a um dado momento, usado um papel de cenário, como máscara. Através da máscara criada, saía fumo da boca. Mais tarde, passou a ser “sangue”, que escorria durante o tema «Iron Maiden», no momento em que Paul Dianno cantava “see the blood flow”.

Através de um colega que estudava artes, a figura idealizada por Dave, passou a ter uma face mais definida. Outro Dave, Murray, conta mesmo uma piada acerca da origem da figura, dizendo que tinha sido uma criança que nasceu apenas com a cabeça e que todos os anos recebia um chapéu de prenda. Essa figura minimal, explica que o primeiro título do grupo, «The Soundhouse Tapes», editado pelo grupo em 1979, não tivesse ainda Eddie na capa. Ao mesmo tempo, em palco, a “mascote” ia ficando cada vez mais arrojada.

A máscara era agora de fibra de vidro; nos olhos, piscavam luzes em determinados momentos. A primeira aparição oficial de Eddie, acabaria por acontecer na capa do single «Running Free» e o estilo marcaria as capas de alguns dos primeiros lançamentos nesse formato, com um tom esverdeado. O vulto está em segundo plano, enquanto uma mão que surge dá a impressão da presença de um segundo Eddie. Numa parede, lêem-se nomes de algumas bandas, iniciando assim a tradição das mensagens subliminares, hoje conhecidas como easter eggs. Judas Priest, The Scorpions, Led Zeppelin, AC/DC e uma referência ao West Ham, clube de futebol de que Steve Harris é adepto, são os nomes na parede.

A capa desse single, bem como de todo o artwork que envolveria a banda nas duas décadas seguintes, estava a cargo de Derek Riggs. A escolha do artista partiu de Rod Smallwood, o famoso manager do grupo. Segundo o próprio, sentia-se a necessidade de encontrar algo que agisse como marca, como uma mensagem forte. No escritório da editora, Rod viu um cartaz de um músico de jazz e perguntou logo a alguém quem o tinha desenhado.

Como anos mais tarde recorda, tudo fez “para conhecer o artista, e no meio de muitos desenhos, encontrou um que lhe servia, tendo pedido apenas para alterar o cabelo”, pois oferecia um estilo demasiado punk. Nas palavras do próprio Derek Riggs, a inspiração veio de uma foto com que se tinha cruzado na Time Magazine, da autoria de Ralph Morse, em que se podia ver a cabeça de um soldado japonês, já mumificada, em cima de um tanque.

Verdade seja dita, Riggs nem sequer era fã de música mais pesada, e ainda não o é hoje, mas aquele primeiro desenho não só fundaria uma ligação de quase duas décadas, como estabeleceria um modelo para futuro. De acordo com Smallwood, os IRON MAIDENeram uma enorme banda em palco”, mas uma vez fora dele, nada havia que os destacasse. Na opinião do manager, faltava “uma imagem como a do Lemmy, algo que permitisse a continuidade” para fora do palco.

Essa continuidade veio do Eddie. A presença da figura tornou-se uma constante, primeiro nas capas dos discos, depois nas t-shirts e no merch em geral. Mais tarde, viriam os célebres cartões de Natal, que a banda distribuía por todo o mundo a pessoal envolvido na indústria. Já no século XXI, foi a vez das bebidas, antes tinham sido os jogos de vídeo e os vídeo-clips.

Tirando o já referido primeiro EP, a figura apenas não aparece na capa de ‘Flight 666’ e, de acordo com Derek Riggs, a razão é simples: “a banda não vê esse trabalho como sendo dela, mas como um documentário sobre ela”. Também um dos muitos álbuns ao vivo não carrega a imagem, mas destinava-se a uma edição limitada e, supostamente, sem grande importância na discografia, emulando um bootleg, «Live At Donington».

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O enorme sucesso de Eddie levou muitos outros grupos a recuperarem figuras, como foi o caso dos Motörhead com o Snaggletooth, realmente estilizado como hoje se conhece só a partir de 1984. Outros criaram-nas de origem, como Ronnie James Dio com o Murray, ou os Megadeth com o Vic Rattlehead. Também o uso da t-shirt ganhou uma nova dimensão.

Usar uma camisola com a figura de Eddie não representa apenas uma banda de que se gosta, ou um concerto a que se foi, mas identifica quem a carrega, como um afirmar de identidade. Mesmo antes do merch à volta das camisolas de futebol ser popular, os Iron Maiden já tinham nos seus artigos uma mais valia financeira, maior que os concertos ou discos.

Em 2020, a revista Kerrang! elaborou uma lista com 22 mascotes. Umas mais óbvias que outras, mas lá estavam o Deathbat, o Jack O, o The Reaper, o Captain Morgan, o Set Abominae, o Mad Butcher, o Knucklehead, o Chaly e muios outros… O Eddie surgia num discutível segundo lugar, perdendo apenas para o Snaggletooth. Talvez por ser demasiado amado para ser a “mascote” número um do heavy metal.

Desde cedo, foi a banda a contactar Derek Riggs com ideias e sugestões, permitindo ao artista perceber as orientações de um disco. No entanto, a maior polémica com a figura aconteceu logo ao segundo single. À época, IRON MAIDEN Maiden era também a alcunha de Margaret Thatcher, primeiro-ministro do Reino Unido. Na capa de «Sanctuary» – e na de «Prowler», no Japão –, esta surge prostrada no chão, com um resto de um cartaz de um concerto da banda, que teria tentado arrancar da parede. Sobre ela, Eddie segura uma faca com sangue a escorrer.

Naturalmente, a imagem foi mal recebida por uma facção mais conservadora da imprensa. A vingança viria na capa seguinte, em que surgia de novo uma figura semelhante a Thatcher, com uma arma na mão, preparando-se para emboscar Eddie. Por altura de «Killers» é ainda perfeitamente possível observar como o personagem era em palco, basta virar a capa do disco e percebe-se a figura no fundo do cenário.

De acordo com Smallwood, foi Ruper Perry, agente da EMI, que perguntou um noite porque não colocavam o Eddie em palco. Rod pensou no assunto, arranjou uma máscara e passou a entrar em cena encarnando a figura, durante o tema «Iron Maiden». Mais tarde, a tarefa passou a estar a cargo do road manager que estivesse de serviço na altura. Eddie tornava-se assim o sexto elemento da banda, sétimo nos dias de hoje.

A partir daqui, a figura estava criada e, em cada digressão, surgia uma nova encarnação, quase sempre alusiva à capa ou temática do disco que andavam a promover. Essas murações foram também o mote para cenários cada vez mais ambiciosos até ao culminar do palco na Seventh Tour of a Seventh Tour, em 1988. Menores nos anos 90, os grandiosos palcos voltaram a crescer já neste século até ao apogeu com a Legacy Of The Beast World Tour.

Tinha sido, de resto, com «The Number Of The Beast», em 1982, que o conceito múltiplo se tinha começado a realizar. Já não havia apenas uma capa, mas toda uma ligação entre esta, os singles, as t-shirts, os pósteres de digressão e, acima de tudo, com o tema do disco a tornar-se o aglutinador da ideia. Riggs lembra bem o momento: “o Rod ligou-me a pedir uma capa para um single que seria sobre o diabo, sobre magia”.

Derek recordou-se de um antigo comic da Marvel, que teria lido nos anos 60 e cuja capa trazia o Dr. Strange manipulado por um vilão, como uma marionete. O cenário do inferno, veio do imaginário medieval e das figuras desenhadas na época. A capa foi pedida numa sexta-feira, tendo de estar pronta na segunda-feira seguinte. O trabalho foi feito contra relógio e, para acelerar o processo, Derek revela ter desenhado “camadas de silhuetas negras,separadas depois com névoa de forma a obter alguma profundidade”.

No humor e subtileza que caracteriza a sua obra, o artista teve ainda tempo para colocar no desenho um alien inspirado em H.R. Giger. Nascia assim a capa para «The Number Of The Beast», mas também a imagética para o single do mesmo nome e para o seu sucessor, «Run To The Hills». A exigência de múltiplos desenhos, a urgência de os apresentar, levou a que Derek sofresse de elevada pressão. Ao mesmo tempo, começou a sofrer também de fadiga, que anos mais tarde veio a ser associada às tintas que usava na época.

Derek usava tintas com mercúrio e acabou por sofrer, ironicamente, envenenamento por metais pesados. Tudo isto se conjugou para, anos mais tarde, se cansar e afastar do cargo. «Fear Of The Dark», de 1992, seria o primeiro trabalho da banda sem a assinatura de Derek Riggs, com o seu habitual D e R estilizados e fundidos num só símbolo, que era necessário procurar na capa. Até lá, o artista deixaria um vasto trabalho, entre ele, as fabulosas capas de «Powerslave», «Somewhere In Time» e aquela que melhor representa Eddie até hoje, «The Trooper».

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«Powerslave», de 1984, não só apresentou uma das capas mais complexas, como deu o mote para um dos stage sets mais elaborados e memoráveis do grupo, com um Eddie enorme que surgia por cima da bateria de Nicko McBrain. Muitas salas não tinham sequer dimensões para essa digressão, a mesma que trouxe os IRON MAIDEN a Portugal pela primeira vez, e logo em duas datas. Um dos melhores discos ao vivo dos anos 80 foi gravado durante essa jornada mundial e tem uma das capas mais bonitas da banda, representando o renascimento de Eddie, «Live After Death».

Já com «Somewhere In Time», editado dois anos depois, o visual foi inspirado por ‘Blade Runner’, com um cyber-Eddie a movimentar-se numa cidade repleta de referências ao passado da banda. História, literatura e cinema foram sempre as três maiores inspirações para as letras do grupo e, consequentemente, inspiradoras para novos Eddies. Foi um episódio histórico, a carga da brigada ligeira, na guerra da Crimeia, em 1854, inspirou o tema «The Trooper», por exemplo.

Em meados dos 80s, as capas passaram também a revelar um conjunto de piadas e referências muito particulares. “Indiana Jones Was Here, 1941”, pode ler-se na capa de «Powerslave». Depois, há todo um conjunto de referências na ilustração de «Somewhere in Time»: “Acacia Avenue”, o póster da parede de «Sanctuary»; a referência a temas como «Two Minutes To Midnight» e «Rime Of The Ancient Mariner» ou locais como o Rainbow Grill ou o Ruskin Arms. No «Live After Death» surge uma nova referência a H. P. Lovecraft, que teve um papel predominante na inspiração de Riggs.

Muitas são as outras referências que se podem encontrar, inclusive ao próprio túmulo do ilustrador. Com «Seventh Son Of A Seventh Son» a maior referência passa pela cor azul e pelas múltiplas personagens criadas para a própria capa e para os singles. Aqui sente-se a influência de Salvador Dali, outras das referências maiores do artista.

Infelizmente, por alturas de «Fear Of The Dark», de 1992, começava já a notar-se a desagregação do núcleo clássico da banda e é neste disco que está o último grande clássico da banda, o próprio tema-título. É também aqui que surge Melvyn “Mel” Grant; novamente um britânico, que não era fã dos Iron Maiden, mas que ficaria vários anos associado à banda.

É ele o autor do tree-Eddie, que carrega um pouco do visual de ‘Swamp Thing’, personagem que, na década anterior, tinha sido desenvolvida pelo carismático Alan Moore. Grant voltou a colaborar com o grupo em vários discos; a saber, «Virtual XI», «Death On The Road», «The Final Frontier» e na compilação «From Fear To Eternity».

A sua relação com o grupo, porém, foi diferente daquela que Riggs tinha tido, negando por vezes trabalhos, como a capa do single «The Wickerman», e mantendo alguma descontinuidade. Apesar disso, Grant é o artista que mais trabalhos apresentou a seguir a Derek Riggs, e aquele que manteve um traço de Eddie mais próximo dos anos originais. A segunda metade da década de 90 é, provavelmente, a fase menos boa da carreira dos IRON MAIDEN.

A saída de Dickinson e Smith, a predominância do grunge e, posteriormente, do nu-metal, tiraram protagonismo à banda, e isso sente-se também nas capas, nomeadamente no Eddie preso e pronto a ser, de novo, lobotomizado, em «The X Factor», autoria do canadiano Hugh Syme, colaborador dos Rush e ocasional teclista do trio. Syme era um profissional na área e o sucesso do Eddie passava também por ser desenhado por quem não estava tão integrado na indústria por isso, com «Virtual XI», voltava Mel Grant.

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O novo milénio, trouxe um novo fôlego à banda. A formação clássica estava de regresso, reforçada com Janick Gers. Os estúdios Guillaume Tell, em Paris, onde foram gravados os dois últimos discos, e o produtor Kevin Shirley, entravam em cena. Nascia «Brave New World», trabalho que marcou não o regresso dos IRON MAIDEN à glória do passado, mas a uma escalada da banda para níveis que já não se pensava poderem vir a atingir.

O azul da capa pode lembrar «Seventh Son Of A Seventh Son» – e, de facto, Derek estava de volta, embora parcialmente, tendo apenas desenhado a parte superior da capa, onde está a figura de Eddie. Apesar disso, o problema não estava totalmente resolvido. Prova disso, está no disco seguinte, «Dance Of Death», que apresenta aquela que é, provavelmente, a pior capa do grupo e a que menos favorece Eddie, que aparece perdido entre um conjunto de figuras.

O autor, David Patchett, pediu para serem retirados os créditos do livreto do disco e revelou que não só a capa era “embaraçosa”, como estava inacabada. Com «A Matter Of Life and Death» fecha-se um círculo. Riggs era, na juventude, grande fã da Marvel, em particular do traço de Jack Kirby. Tim Bradstreet, que assina a ilustração do disco de 2006, vinha precisamente da Marvel, onde desenhava ‘Hellblazer’ e ‘Punisher’.

Além disso, o artista não só era um grande fã dos Iron Maiden, como um apreciador de Derek Riggs, que o tinha influenciado. Nas palavras de Bradstreet, desenhar aquela capa “foi um dos sonhos mais loucos tornados realidade”. O trabalho foi feito novamente sob grande pressão, com o grupo a fazer alterações e a cor final a ficar a cargo de Grant Goleash. A capa voltou novamente a gerar alguma controvérsia, numa altura em que o Reino Unido estava envolvido na invasão do Iraque e Afeganistão.

Eddie surge a comandar um exército zombie, sentado num tanque. Longe iam os tempos da glorificação da batalha como em «Aces High» ou «The Trooper». Curiosamente, Derek não apreciou a capa. Por esta altura, graças ao poder da internet, começavam a surgir entrevistas com o artista que, por vezes, se mostra crítico da banda, diminuindo-a e chegando mesmo a antagonizá-la.

Mel Grant regressa para a capa do álbum de 2010, «The Final Frontier», em que pode ver-se um Eddie mais próximo da tradição. Novamente um alien-Eddie, numa altura em que o grupo explorava mais que nunca os primeiros álbuns e, consequentemente, as primeiras capas. Antes e depois da digressão que promovia esse disco, e que esteve na celebração dos trinta anos do Moto Clube de Faro, região muito querida a Steve Harris, a banda fez duas digressões comemorativas.

Por esta altura, Eddie era também sinónimo de Ed Force One, o avião que transportava a banda à volta do globo. Também os registos ao vivo começam a tornar-se mais recorrentes, muitas vezes com um artwork mais conseguido que nos discos de estúdio, como é o caso de «Death On The Road», de 2006, com arte também de Grant. Por seu lado, «The Book of Souls», à semelhança do novo «Senjutsu», ficou a cargo de Mark Wilkinson. São também dele as capas de «Live At Donington» e «Best Of The ‘B’ Sides». No currículo do artista estão muitas das capas dos Marillion e de Fish, assim como bastantes dos Judas Priest.

Não deixa, portanto, de ser interessante que, de um ponto de vista artístico, alguém que tenha desenhado capas luminosas como as de «Painkiller», «Fugazi» ou «Misplaced Childhood», seja responsável por duas das capas mais escuras dos Iron Maiden. Na do álbum de há aeis anos temos um Eddie étnico, como que piscando o olho a mercados onde o grupo é bastante popular – as restrições a que os autores de Eddie estão sujeitos, e a forma como o management tem profunda intervenção nas decisões, são bem conhecidas. Quem sabe no futuro, os novos artistas possam dar as suas próprias entrevistas e revelar o porquê de algumas destas decisões.

No caso de «Senjutsu», por exemplo, mais que a capa, a grande referência é o vídeo-clip animado que apresentou o álbum, e cuja banda-sonora é o tema «The Writing On The Wall». Ao longo dos mais de sete minutos, revisita-se Eddie. São dezenas as referências que todos passaram a procurar no vídeo, no que a internet baptizou como Easter Eddies.

Mais que a capa, as já várias t-shirts, com o vídeo a trazer de novo Eddie à vida em toda a sua glória e a prestar homenagem aos primeiros álbuns, à rica imagética que Derek Riggs criou e a uma mitologia de quatro décadas de música. Em 2021, Eddie é figura de vídeo jogos, personagem de banda-desenhada em «Legacy Of The Beast», representa a cerveja Trooper e começa a surgir também sob a forma de figuras colecionáveis, de várias marcas, algumas apenas existentes nessa banda desenhada.

Um dia, os Iron Maiden vão cessar funções como banda. Eddie será, certamente, o defensor do legado de Steve Harris, Dave Murray, Bruce Dickinson e todos os outros músicos que, ao longo das décadas, subiram ao palco para representar a “Donzela De Ferro”.