Originalmente editado a 14 de Abril de 1980 pelas editoras EMI, Capitol e Harvest, o álbum de estreia do quinteto então formado por Paul Di’anno na voz, Steve Harris no baixo, Dave Murray e Dennis Stratton nas guitarras e Clive Burr na bateria foi lançado há 43 anos. Lançado na sequência da maqueta que os transformou num caso de sucesso nos clubes londrinos, as gravações conhecidas como «The Soundhouse Tapes», disponibilizadas em 1979, o disco de estreia dos IRON MAIDEN foi gravado — segundo Harris, num período de apenas treze dias, nos Kingsway Studios, em em Londres, Inglaterra, com o produtor Wil Malone, que surge creditado nas liner notes como Will Malone. Esta foi, de resto, a primeira e última colaboração dos músicos com o engenheiro de som britânico, que revelou pouco interesse no que estavam a fazer em estúdio, deixando-os a “produzir” o material sozinhos.
Apesar da crueza da abordagem — e. se calhar, muito graças a ela também –, o álbum chegou aos escaparates em estado de graça, captando a energia, misto de punk e heavy metal, que caracterizava as suas actuações ao vivo. Lançado num ano que também assistiu à edição de títulos incontornáveis dos Motörhead, Saxon e Angel Witch, os IRON MAIDEN garantiram o seu lugar à cabeça da NWOBHM, alcançando reconhecimento comercial (o top five no Reino Unido) e estabelecendo-os como uma banda com talento suficiente para morder os calcanhares aos Judas Priest. Com um pé no punk rock — o D.I.Y. da produção, os ritmos acelerados e as vocalizações grosseiras de Di’Anno — e outro na ambição criativa de uma banda de rock progressivo, nasceu aqui muito do heavy metal como o conhecemos hoje.
