IRON MAIDEN: “Não sei porque me escolheram para substituir o Bruce”, diz Blaze Bayley

Blaze Bayley, que foi vocalista do IRON MAIDEN entre 1994 e 1999, reflectiu sobre ter sido convidado para se juntar à banda como substituto de Bruce Dickinson durante uma participação recente no programa “My Planet Rocks”, da Planet Rock. As coisas com os WOLFSBANE estavam a ir muito devagar e eu recebi a oferta de ir a uma audição com os Iron Maiden“, começou por explicar o vocalista.Portanto, não sei porquê, mas eles ofereceram-me o emprego. Eu sou tão diferente do Bruce na forma como me apresento, a voz, tudo é muito, mesmo muito diferente. Mas acho que eles queriam uma mudança e ofereceram-me o lugar. Deixei os WOLFSBANE naquele momento e fui fazer o melhor trabalho do mundo para um cantor de heavy metal. Foi fantástico — um período incrível. Não sei porque me escolheram, mas escolheram. E as coisas que aprendi durante aquela época, e já sendo fã dos IRON MAIDEN, permaneceram comigo. A confiança que tinha como compositor, isso era inabalável.

Blaze Bayley gravou dois álbuns de estúdio com os IRON MAIDEN, «The X Factor» de 1995 e «Virtual XI» de 1998, antes de Bruce Dickinson regrassar ao grupo em 1999. Os álbuns em que apareceu venderam consideravelmente menos do que os lançamentos anteriores da banda e foram os seus títulos de menor sucesso no país natal do grupo desde o «Killers», de 1981. No mês passado, o cantor britânico disse como reagiria se fosse convidado para um concerto dos IRON MAIDEN com os outros dois vocalistas que passaram pela banda, Bruce Dickinson e Paul Di´Anno. Aparentemente, Blaze gostou da ideia e traçou rasgados elogios a Dickinson, que regressou à banda em 1999 e continua até hoje no posto de vocalista. “Bem, a primeira coisa é que têm de ser eles a pedir para isso acontecer“, começou por dizer Bailey. “Mas é algo que acho que seria muito divertido para os fãs. Quer dizer, para mim, o Bruce é um herói. Sempre adorei a voz dele. É um cantor fantástico. É brilhante. É um artista fantástico. É o melhor do mundo no que faz. É incrível“.

De forma bem humorada, Blaze sugeriu até que seria necessário um alto número de seguranças nesse hipotético espectáculo, mas para evitar desentendimentos entre os fãs das diferentes fases da banda. “Acho que seria muito divertido. Não seria nada muito sério, mas todos nós cantávamos algumas músicas importantes de cada era, com o Bruce a fechar o concerto. No entanto, acho que teria de haver uma grande equipa de segurança, porque há por aí muita gente que ainda me odeia… E, claro, também há pessoas que me adoram, por isso pode haver alguma briga; simplesmente não se sabe o que poderia acontecer. Mas acho que seria engraçado. Quase posso imaginar as conversas entre os fãs:  ‘Quem achas que é o melhor?’”. Apesar do entusiasmo, Blaze sabe que a hipótese de um concerto deste género é mínima — “Acho que seria uma ideia muito divertida, mas provavelmente nunca vai acontecer“, conclui o vocalista. Entretanto, o músico britânico continua a desenvolver a sua carreira a solo e, no passado dia 9 de Abril, lançou «War Within Me», já o seu sétimo álbum de estúdio a solo desde que abandonou os IRON MAIDEN.