IRON MAIDEN: “Vai haver sempre quem pense que a banda morreu em 1988”, diz STEVE HARRIS

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Steve Harris, o baixista e membro fundador dos IRON MAIDEN, concedeu recentemente uma entrevista à Classic Rock e falou sobre o passado, o presente e o futuro da mais lendária das bandas de heavy metal de todos os tempos. É claro que um dos assuntos abordados durante a conversa foi «Senjutsu», o mais recente álbum dos britânicos, lançado em Setembro de 2021, com Dave Ling, que conduziu a entrevista, a perguntar a Harris se ficou feliz com a forma como os fãs reagiram ao disco. O músico respondeu afirmativamente, mas não deixou passar a oportunidade de constatar que, mesmo com tantos anos de carreira nos ombros, ainda há quem ache que os IRON MAIDEN nunca deviam ter mudado em termos sonoros. “Vai haver sempre quem pense que a banda morreu em 1988 e, por mais que isso me intrigue, as pessoas têm direito à sua opinião e podem pensar isso“, começou por dizer ele. “Talvez estejam à espera que voltemos atrás e façamos algo semelhante ao que fizemos em 88, mas isso é algo que nunca vamos fazer. O agora é o agora. Por que raios alguém vai querer a parte dois de algo que fizemos no passado?“.

Com mais de quatro décadas de percurso, quando surgiram em cena, os IRON MAIDEN tornaram-se famosos graças a uma genial sequência de canções curtas e rápidas, de que são bons exemplos «Running Free», «Run To The Hills», «2 Minutes To Midnight», «The Trooper» ou «Aces High». No entanto, a partir da edição do LP «Powerslave», em 1984, a banda começou a colocar progressivamente cada vez mais músicas longas nos seus álbuns e, aquilo que antes era a excepção à regra, tornou-se uma norma nos discos que lançaram no Séc. XXI. Em «Senjutsu», por exemplo, os quatro últimos temas somam 40 minutos de duração e, segundo o baixista, se dependesse apenas dele, os IRON MAIDEN só gravariam músicas longas. “Nunca sabemos o que vai acontecer até começarmos a escrever um novo álbum, por isso não vou a hipótese de escrevermos um ou outro tema mais directo“, começou por afirmar o músico. “E sim, acho que é possível que isso aconteça, mas provavelmente não vai ser escrito por mim. Eu tendo sempre a divagar.” «Senjutsu» é o décimo sétimo disco de estúdio dos IRON MAIDEN e sucedeu a «The Book Of Souls», lançado em 2015.