JUDAS PRIEST: Dão o dito por não dito

A última década de existência dos britânicos JUDAS PRIEST tem sido atribulada. Em 2011, K. K. Downing retirou-se da banda, sendo substituído por Richie Faulkner. Anos mais tarde, em 2018, era a vez do fundador Glenn Tipton anunciar um semi abandono, em virtude de sofrer de doença de Parkinson. Para o seu lugar, o grupo anunciou Andy Sneap, que tinha produzido o último trabalho de estúdio do quinteto, «Firepower», também de 2018. Noano seguinte, celebravam-se os cinquenta anos do colectivo, assinalados por uma vasta digressão mundial a ter lugar em 2020. Devido à pandemia, todos os planos foram alterados. Rob Halford teve um episódio oncológico e nas poucas datas que o grupo realizou em 2021, Faulkner sofreu um problema cardíaco que quase lhe levou a vida. Em 2022, com datas novamente anunciadas, um comunicado oficial da banda, anunciava que prosseguiriam como quarteto, e Andy Sneap estava fora da formação. Decisão claramente estranha, pois uma das características do som do grupo foi sempre a dupla de guitarras, com solos alternados. A palavra “quarteto” estava bem clara no comunicado da banda que deixava também um “Grande obrigado ao Andy, por tudo o que fez e continuar na equipa de produção do nosso novo álbum”.

Pouco depois num outro comunicado, Andy Sneap revelava ter recebido um telefonema de Rob Halford, na passada segunda feira, a anunciar que “pretendiam prosseguir como quarteto, o que o músico referia ter deixado “desapontado, depois de todo este tema, embora respeitando a decisão, pois era uma visão de como prosseguirem”. O próprio guitarrista até destacava que integrar os JUDAS PRIESTera uma situação temporária” e que pretendia “ajudar a banda de todas as formas que pudesse”. Agora, em novo comunicado, a banda acaba de anunciar que irão permanecer como quinteto, com Andy Sneap, e porventura usando Glenn Tipton, sempre que este estiver em condições de subir ao palco e tocar, algo que já fez em anteriores datas das recentes digressões.