LANTLOS: Terceiro single do novo álbum volta a surpreender

A ideia geral que se poderá ter dos LANTLOS, a banda liderada pelo multi-instrumentista germânico Markus Siegenhort que actualmente apenas conta com o baterista Felix Wylezik na formação para além do seu fundador, é de um blackgaze meio Alcestiano, por terem sido essas as suas raízes musicais, tendo mesmo o próprio Neige feito parte do alinhamento durante algum tempo. Nos últimos anos, no entanto, a libertação de qualquer vínculo estilístico parece ter sido a prioridade de Siegenhort, e o próximo álbum dos Lantlos, intitulado «Wildhund», promete surpreender tudo e todos com uma aproximação totalmente diferente. Descrito como estando algures no espaço distorcido que existe entre o DEVIN TOWNSEND, os SMASHING PUMPKINS, os HUM, ou os MOTORPSYCHO, e tendo o peso desafiante e “invertido” dos DEFTONES e a catchiness que se poderá atribuir aos FOO FIGHTERS. Uma colecção meio bizarra de nomes, sem dúvida, cuja pertinência todos agora poderão começar a aferir. «Lich» é o nome do novo single de «Wildhund» – que será editado no próximo dia 30, pela Prophecy Productions -, segue-se aos anteriores «Lake Fantasy» e «Magnolia», é mais um tema bastante diferente e surpreendente, e está aqui à distância de um click.

Esta canção anda à volta do tema de estar perdido,” explica Markus Siegenhort. “Foi formada pela ideia de mergulhar cada vez mais fundo num oceano brilhante de alcatrão. Durante muito tempo, vais-te afundando nas profundezas de uma zona cristalina a reluzente, e entras noutro mundo em plena paz. Desligas-te da tua vida e da tua realidade. Até começas a odiar o que te está a acontecer. Queres acreditar que o oceano é a tua única fonte de inspiração, o único sítio onde queres estar, e tentas consumir tudo. Mas finalmente chegas ao ponto onde te fartas. Começas a sentir-te enjoado e encontras-te num estranho mundo intermédio, sem contornos, onde já não sentes nada. Só te queres sentir normal. Transformaste-te num cadáver oco sem que te reste vida nenhuma. Na verdade, tornaste-te num lich!