LED ZEPPELIN: Aqui estão as primeiras imagens do novo documentário oficial [vídeo]

De acordo com Jimmy Page, a proposta já tinha sido lançada várias vezes, mas foi finalmente aquela feita por Bernard MacMahon que convenceu o guitarrista.Bastante fracas”, foi assim que Page descreveu as anteriores ofertas. Ontem desfilou na passadeira vermelha, no Festival de Veneza, para assistir à estreia mundial do muito aguardado primeiro documentário oficial sobre a banda, que corria fora do concurso. São cerca de duas horas e um quarto de filme, com muitas fotos, algumas inéditas, filmagens de menor qualidade, do final dos anos 60, e as declarações dos quatro músicos. Uma profunda investigação marca este registo, que ilustra o período que vai de 1968 a 1970 e marca o nascimento e ascensão meteórica do grupo. Os três membros sobreviventes aceitaram prestar declarações para o documentário, que tem em Bernard MacMahon e Allison McGourty os produtores e assumidos fãs da banda. Foi, de resto, o seu trabalho quase arqueológico que permitiu desenterrar peças aparentemente perdidas e até esquecidas. A mais notável, para quem já assistiu ao documentário, passa por uma entrevista de John Bonham, a um jornalista australiano. A entrevista decorre pouco antes da sua morte, em 1980, e é das poucas formas que os fãs de hoje podem conhecer a sua voz.

A busca dessa peça jornalística demorou quase um ano, depois de ter sido escutada, pela primeira vez, num bootleg em vinil. A procura do jornalista, foi baseada apenas na sua voz, pois não existia registo do nome. Quando localizada a origem, os produtores descobriram já ter falecido. A busca terminou em Camberra, na Austrália, num arquivo sonoro onde estavam cerca e trinta mil registos e um deles era a entrevista. A procura também passou por bobinas de concertos, nunca publicados e com versões inéditas. O documentário traça o percurso dos músicos, com as suas declarações, feitas hoje, entrecortadas com momentos de filme do período em que o documentário se foca. Page admitiu ter gostado que o centro do documentário fosse “a música”, pois os temas aparecem completos e não apenas extractos, além de apenas os membros da banda aparecerem a falar, permitindo que contem a história nas suas próprias palavras, sem outros intervenientes a prestarem declarações.