MARILYN MANSON explica porque deixou de consumir absinto [vídeo]

Numa nova entrevista com Zane Lowe, da Apple Music, MARILYN MANSON reflectiu sobre o acidente que sofreu palco em 2017 e o complexo processo de recuperação que se seguiu, confirmando que deixou de beber absinto e de tomar analgésicos durante esse período. Recordando o momento em que um adereço de palco lhe caiu directamente em cima durante uma actuação no Hammerstein Ballroom, em Nova Iorque, o shock rocker diz que acha que teve “muita sorte“, uma vez que o objecto não identificado caiu a cerca de quinze centímetros do seu crânio. O músico explica que agora tem “dez pinos de titânio” na perna afectada, acrescentando que teve de fazer “um ano e meio de reabilitação durante a digressão. Detalhando o processo de recuperação, o músico revelou não ter tomado quaisquer analgésicos após a operação inicial. “Eu já os tinha usado no passado, o que aumentou para um uso recreativo, e não queria ser vítima disso novamente”, diz Manson. “Foi por isso que optei por não fazê-lo desta vez. Quer dizer, é óbvio que tive dores, mas uma vez que os receptores de dor chegam ao teu cérebro, isso muda a maneira como você pensas todo o teu cortisol, a dopamina, tudo no teu cérebro muda. Portanto, acabas por ter uma perspectiva diferente. Eu não sou de forma alguma um modelo de sobriedade, mas também não foi uma luta enorme… Só não quero deixar que isso adormeça o meu cérebro.” O músico acrescenta ainda que foi exactamente pela mesma razão que deixou de beber absinto: “É uma bebida que turva o lóbulo frontal. Muitas pessoas acham que é um aprimoramento artístico, mas às vezes o absinto também te entorta o cérebro de uma forma um bocadinho ruim. Basicamente, estás convencido de que o que estás a fazer é óptimo quando é apenas a droga que te está a convencer que é o que se passa. Isso foi algo que percebi há um tempo atrás.” Podes ver a entrevista completa no player em cima. «We Are Chaos», o mais recente álbum de MARILYN MANSON, que sucede ao muito aplaudido «Heaven Upside Down», de 2017, foi editado no passado dia 11 de Setembro. O disco contém dez temas, que foram produzido por Shooter Jennings e mostra Manson a explorar as suas várias influências, do glam rock dos anos 70 à new wave dos anos 80.