No Reino Unido, os festivais e grandes espectáculos podem voltar a seguir à Páscoa de 2021

Nestes últimos dias têm surgido sinais cada vez mais positivos no que concerne ao regresso dos festivais e dos espectáculos em estádios marcados para o próximo Verão. Agora, o Secretário de Estado da Saúde britânico, Matt Hancock, a calcular que as coisas podem voltar à normalidade já em Abril de 2021. Numa participação recente no BBC Breakfast, Hancock falou sobre um programa de vacinação COVID-19 que poderia começar já no próximo mês de Dezembro no Reino Unido, após o desenvolvimento e testes bem-sucedidos de vacinas criadas pela Pfizer, a Moderna e a Universidade de Oxford.

A maior parte do programa de implementação da vacina será feito em Janeiro, Fevereiro e Março, por isso neste momento esperamos que algum tempo depois da Páscoa as coisas possam começar a voltar ao normal”, disse Matt Hancock ao BBC Breakfast. Não se sabendo ainda se, a nível nacional, estaremos preparados para seguir as pegadas céleres dos ingleses, a verdade é que esta notícia representa uma importante viragem no jogo, uma vez que nos faz acreditar que as actividades da música ao vivo no próximo Verão poderão retomar a sua actividade depois de mais de um ano de paragem. Por cá, festivais como o VOA — HEAVY ROCK FESTIVAL, VAGOS METAL FEST e o SONICBLAST já têm cartazes confirmados e datas marcadas para 2021.

Vários países revelaram já os seus planos de vacinação, mas Portugal ainda não revelou o seu. Marta Temido, a Ministra da Saúde, já garantiu que o país está pronto para iniciar a vacinação contra a Covid-19 logo que esta seja aprovada e chegue ao país. É sabido que o país deverá receber 16 milhões de doses das primeiras três vacinas negociadas pela União Europeia, possivelmente em Janeiro. A definição dos critérios de vacinação ainda está a ser afinada pela Direção-Geral de Saúde. Estes 16 milhões de doses de vacinas permitirão vacinar 8 milhões de portugueses, no pressuposto de que a maior parte das vacinas implica a toma de duas doses.

Segundo um manifesto da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE), o mercado dos espetáculos no nosso país registou uma quebra de 87% face a 2019. “Com o agravamento das medidas nas últimas semanas e a sua continuidade, ou até um eventual novo confinamento social, não será difícil que esta quebra possa atingir os 90% até ao final do ano“, avançam. Entretanto, no passado Sábado, dia 21 de Novembro, centenas de profissionais das artes reclamaram um apoio a fundo perdido do Governo, numa manifestação que decorreu no Campo Pequeno, em Lisboa. No mesmo dia, o Governo rectificou o decreto que regulamenta o estado de emergência para retirar as deslocações a eventos ou equipamentos culturais da lista de excepções à proibição de circulação nos períodos de recolher obrigatório ao fim de semana e feriados.