RAGE AGAINST THE MACHINE: Digressão de reunião adiada para Março de 2022

A Public Service Announcement, aguardada digressão de reunião dos RAGE AGAINST THE MACHINE depois de mais de uma década de silêncio, foi adiada mais uma vez. Inicialmente anunciada para 2020 e posteriormente adiada para 2021, a tour foi remarcada para Março de 2022. O anúncio foi feito através das redes sociais da banda norte-americana, formada por Zack De La Rocha na voz, Tom Morello na guitarra, Tim Commerford no baixo e Brad Wilk na bateria. Os concertos — 38, no total — vão acontecer nos Estados Unidos e no Canadá, entre os dias 31 de Março e 14 de Agosto do próximo ano. A rota, que conta com suporte dos RUN THE JEWELS, arranca em El Paso, no Texas e termina no Madison Square Garden, em Nova Iorque.

Numa entrevista recente com Tom Power, da CBC Radio One do Canadá, que pode ser vista aquiTom Morello foi questionado em relação ao sucesso comercial que a banda conseguiu atingir num curto período de tempo após a sua formação no início dos anos 1990. “Fiquei surpreso com o simples facto de termos conseguido marcar um concerto num clube“, começou por dizer o músico (vídeo no player em cima). “Na verdade é difícil pintar um quadro do que se passava na altura — em 1991, não havia bandas neomarxistas e multiétnicas de rap-punk-metal. Nós tínhamos zero ambições comerciais – zero. Escrevemos aquelas canções e o nosso único objetivo era fazer uma maqueta em cassete.

Eu já tinha assinado um contrato discográfico com uma banda que tinha inclinações mais comerciais e sabia o que isso não significava — a minha vida piorou, não melhorou, a partir do momento em que me associei a uma editora“, recorda o guitarrista. “Portanto, isso era algo que não me importava. Nós estávamos a fazer música como um meio de auto-expressão, estávamos a explorar as letras incríveis do Zack [De La Rocha] e a química musical da banda, era só isso. Lembro-me da primeira vez que alguém além de nós os quatro ouviu uma nota de nossa música. Estávamos a ensaiar num complexo industrial, e havia um tipo que passava pelo nosso espaço de vez em quando e, certo dia, meteu conversa connosco. Eu disse-lhe que éramos uma banda e ele perguntou se podia ouvir e eu disse-lhe que achava que sim“.

Naquela época ainda só tínhamos feito algumas músicas juntos“, recorda Morello. “Ele entrou e sentou-se na nossa sala de ensaio. Foi a primeira pessoa que ouviu os Rage Against The Machine. Lembro-me que não tínhamos nome nem nada. No entanto, tocámos alguns temas e, quando terminámos, perguntei-lhe o que achava… Ele levantou-se, encarou-me e disse que a nossa música lhe dava vontade de querer lutar. [risos] Uma coisa é certa: desde a primeira vez que tocámos em público, tornou-se óbvio que havia uma conexão com um público muito diferente de tudo o que eu já tinha visto nos projectos em que estive envolvido anteriormente.