RAMMSTEIN: Fã russo condenado a dois anos e meio de prisão por partilhar o vídeo de «Pussy»

Andrei Borovikov, o activista político russo que foi acusado de “produção e distribuição de pornografia” depois de partilhar o vídeo-clip de «Pussy», dos RAMMSTEIN, nas redes sociais, foi condenado a dois anos e meio de prisão. Borovikov, de 32 anos, declarou-se inocente das acusações e, segundo declarações do seu advogado, Andrei Kychin, ao The Moscow Times, planeiam apelar desta decisão. Desde que a notícia foi tornada pública, o guitarrista da banda alemã, Richard Z. Kruspe, apercebeu-se do que se estava a passar e reagiu na sua conta oficial do Instagram. Na publicação do músico, que pode ser vista em baixo, Kruspe considera as acusações chocantes e acrescentou que “os Rammstein sempre defenderam a liberdade de expressão artística como um direito básico garantido de todas as pessoas“. Infelizmente, como sabemos, na Rússia de Putin as coisas não funcionam bem assim.

Como notíciado anteriormente, no centro desta polémica está um ex-colaborador de Aleksei Navalny, o líder da oposição na Rússia. Navalny, que actualmente está preso, tornou-se proeminente ao organizar protestos anti-governo e concorrer a cargos públicos com a promessa de promover reformas anti-corrupção, em oposição ao presidente Vladimir Putin. Em 2014, Andei Borovikov partilhou o vídeo-clip da banda alemã na rede social VKontakte, que é o equivalente russo ao Facebook e, mais de seis anos depois, em Setembro de 2020, foi acusado pelo governo de “produção e distribuição de pornografia”. A directora do escritório da Amnistia Internacional em Moscovo, Natalia Zviagina, disse à Rádio Europa Livre que as acusações são uma “vergonha para a justiça” e deviam ser imediatamente retiradas. “É flagrantemente óbvio que ele está a ser punido apenas pelo seu activismo, não pelo seu gosto musical. As autoridades russas deviam concentrar-se em tentar parar a crescente crise de direitos humanos que criaram, não em conceber novas formas ridículas de processarem e silenciarem os seus críticos”, disse Zviagina à Radio Free Europe