Marginália e Imaginário

MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Uma sangria no deserto

O mundo africano que o padre jesuíta Jerónimo Lobo viu no segundo quartel do século XVII alteava-se de complexidades dramáticas: só o facto de ele ter sido obrigado a mudar de nome para garantir a sobrevivência consiste num caveatcapaz de deixar qualquer um de sobressalto: «Recebi porem primeiro carta do Pe. Superior da Missão que mudasse o nome de Lobo en outro qualquer porque como todos … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Uma sangria no deserto

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Quando o Diabo andou à solta

Na noite de 8 de Fevereiro de 1855, um espesso nevão cobriu o condado de Devon, no sul de Inglaterra — diz-se que o frio foi tão forte que congelou o rio Exe, aprisionando as aves aquáticas que aí dormiam. Todavia, os indivíduos não acharam que a súbita vaga de frio provocasse mais calafrios que umas insólitas pegadas fissípedes descobertas nessa manhã: com mais ou … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Quando o Diabo andou à solta

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Jack, o Tripeiro

Nos últimos dias de Novembro de 1888, um administrativo alfandegário inglês chamado Edward Knight Larkins começou a enviar consecutivamente por carta a várias autoridades britânicas a sua teoria sobre a identidade do assassino em série Jack, o Estripador, que, nesse Outono do Terror, matara pelo menos cinco mulheres no distrito londrino de Whitechapel. Segundo a bizarra teoria que o autor promoveu obsessivamente, Jack, o Estripador, seriam … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Jack, o Tripeiro

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Um “suicídio surpreendente” por auto-crucificação

Em Veneza, na noite de 19 de Julho de 1805, um aprendiz de sapateiro chamado Mattio Lovat, de quarenta e quatro anos de idade, crucificou-se numa grande cruz de madeira que construiu para esse efeito com as tábuas da sua cama: de modo a mimetizar com fidelidade a Paixão de Cristo, infligiu um golpe de navalha no torso para simular a chaga perfurada pela lança … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Um “suicídio surpreendente” por auto-crucificação

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Os livros do bacalhau

No Verão de 1626, um pacote insólito foi entregue à reitoria da universidade inglesa de Cambridge: embrulhado num pedaço de linho estava um pequeníssimo livro — impresso no formato sextodecimo, inventado em meados do século XVI pelo tipógrafo francês Guillaume Rouillé (1518-1589). Em péssimo estado de conservação, ensopado e desfeito, tinha sido encontrado nas entranhas de um bacalhau acabado de amanhar no mercado da cidade — … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Os livros do bacalhau

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: O Porqueiro, uma profissão marginal

Em meados do século XIV, um porcariço (ou porqueiro) francês foi acusado de sodomizar outro porqueiro que tinha oito anos de idade; diagnosticado com a chamada Doença de São João (um dos nomes populares dados à epilepsia), o agressor foi exilado em vez de ser executado. Porém, passado pouco tempo foi preso em outra cidade por reincidir no mesmo tipo de delito e dessa vez … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: O Porqueiro, uma profissão marginal

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Sobre livros e carneiros

Existem ligações evidentes entre a lenda grega de Hermes Kriophoros (Hermes Portador de Carneiros), mais as suas representações clássicas (como esta cópia tardo-romana de um vulto feito pelo escultor grego Calamis, no século IV a. C., pertencente à colecção do Museo di Scultura Antica Giovanni Barracco, em Roma), e a iconografia paleocristã que nos chegou datada do século II, na qual Cristo também surge como crióforo, … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Sobre livros e carneiros

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MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Algumas superstições, crenças e mezinhas populares portuguesas

Sobre animais: – Quando se mata uma galinha e ela tem muitas convulsões, mas não morre, é porque alguém sente pena. – Quando um cão uiva, está a chamar desgraça. Para evitá-la, deve tirar-se de imediato os sapatos, virá-los de solas para cima e pôr os pés descalços sobre eles. Em seguida, deve dizer-se três vezes: “Maria, dá pão ao cão”. – Para matar morcegos … Continue reading MARGINÁLIA E IMAGINÁRIO: Algumas superstições, crenças e mezinhas populares portuguesas