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THE LEGENDARY TIGERMAN & EDGAR PÊRA: Falam connosco sobre «3D LOVECRAFTLAND»

Entrevista com The Legendary Tigerman e Edgar Pêra, a propósito do cine-concerto 3D que estão a preparar com base em contos de Howard Phillips Lovecraft.

José Raposo Por José Raposo
03/09/2018
Em ENTREVISTAS, PARA LER
Reading Time: 8min read
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Estão quase a abrir as masmorras para os aficionados do cinema de terror: está já aí a 12ª edição do Motel X –  Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. De 4 a 9 de Setembro vamos poder ver aquilo que de melhor se faz no género, numa edição que reúne produções mais recentes e mais arrojadas, mas que também lança um olhar no legado de Mary Shelley no ano em que se comemoram 200 anos da publicação de uma das obras mais icónicas da literatura: «Frankenstein». Mas há mais.

Um dos pontos altos do festival será a apresentação do livro “Os Contos Mais Arrepiantes de H.P. Lovecraft”, da editora Saída de Emergência. Quinta-feira, dia 6 de Setembro, no Cinema São Jorge, a apresentação ficará a cargo de Paulo Furtado – The Legendary Tigerman – e do realizador Edgar Pêra, que estão a trabalhar num cine-concerto 3D – «3D LOVECRAFTLAND» – à volta do imaginário daquele que é um dos autores mais importantes da literatura de horror. Fomos conversar com os artistas sobre o projecto, e sobre a relação que estabelecem com o criador de criaturas cósmicas que contribuíram para a redefinição do género: de Chtullu, a Nyarlathotep, todo o horror do universo passa por aqui.

 

Como é que surgiu a ideia para o cine-concerto à volta do imaginário do H.P. Lovecraft?
Paulo Furtado: Surgiu com o Edgar… [risos]
Edgar Pêra: Conheci o trabalho do Lovecraft ainda sob a forma de banda desenhada, na minha adolescência, logo ali aos onze ou doze anos, sobretudo quando havia edições especialmente dedicadas ao Lovecraft, e a partir daí fui conhecendo o universo dele. Sempre que podia metia excertos de textos em filmes meus. Inclusive este dos «Caminhos Magnéticos», que a música maioritariamente é do Paulo, e também tem um bocadinho dos Deuses do Lovecraft – Nyarlathotep, Cthulhu e outros seres que pertencem ao universo de horror cósmico dele. Lembrei-me de fazer um filme que de alguma forma interpretasse os textos, mais do que a história. A vontade foi mostrar o Lovecraft enquanto escritor, e não como criador de histórias. Não é a ilustração de ficções. Aqui, o trabalho com o Paulo foi dar-lhe um libreto para ele construir tanto música como canções à volta disso, e depois desafiei-o a fazermos uma coisa ao vivo que é completamente diferente do filme. A interacção em cine-concerto, com todo o filmar e disparar. Tenho um VJ comigo e o Paulo alguns colaboradores, portanto será uma experiência completamente diferente.

E trazem algumas ideias pré-concebidas ou é um processo que tem vindo a ser desenvolvido nos ensaios?
PF: Acho que agora é importante clarificar que aquilo que nós vamos fazer no Motel X é apenas uma apresentação do projecto. Vamos apresentar alguns testes de imagem, e algumas partes da banda sonora ainda muito cruas. Mas seja como for, eu acho que o próprio universo do Lovecraft exige para mim próprio um elaborar da música diferente daquele que eu tenho feito. No fundo o que eu achei é que todo o universo do Lovecraft e toda esta ideia de um mundo à espreita, fora do nosso mundo – ameaçador e perigoso e misterioso -, obrigou-me a pensar um bocadinho antes de começar a musica, na metodologia, e em como é que eu devia abordar esta banda-sonora. E uma coisa que eu queria trabalhar há algum tempo, já há mais de um ano que andava a estudar isso, e agora no último mês e meio mais profundamente. Achei que era importante fazer isto com sintetizadores modulares, provavelmente não vou utilizar guitarras. E de certa forma começar tudo com o impulso eléctrico de cada vez que se começa um ambiente, ou uma música ou um poema musical. Começar apenas com o impulso eléctrico e ir construindo daí essa sonoridade. E no fundo é nesse processo que eu estou agora.

Durante o concerto vai haver espaço para improviso ou diálogo entre aquilo que cada um vai fazendo?
EP: Prefiro falar de espontaneidade em vez de improviso. Nos já conhecemos os materiais, mas por outro lado temos que ter atenção ao que o outro está a fazer, há essa interação constante. Para mim é o mais interessante: é uma grande frustração quando vejo um filme meu e não posso estar a alterar nada. Depois de acabado, odeio ver os meus filmes em sala a não ser que seja numa mesa de montagem, em que eu posso estar “OK, então vamos fazer este filme. Vou tirar dez minutos só para variar. E vou alterar a ordem das coisas e não sei quê….”  Num cine-concerto eu posso estar a fazer isso exponencialmente porque tenho a música do Paulo para reagir. Posso filmar ao vivo e misturar com imagem, posso estar com as imagens que usámos, posso alterá-las por completo, mas também o cromatismo ou o ritmo e a alternância, tudo isso faz parte dos meus cine-concertos.
PF: No Motel X nós vamos mostrar apenas rascunhos.
EP:  Um filme de três ou quatro minutos, e vamos é falar porque temos que ir apresentar um livro. Estamos também condicionados por isso.
PF:  Eventualmente, se houver condições técnicas, em vez de levar uma coisa pré-gravada, levo mesmo os sintetizadores modelares e farei uma coisa mais curta.

Edgar, A abordagem ao universo do Lovecraft não te é estranha. Não só na longa «Caminhos Magnéticos», que também conta com o Paulo na banda sonora, mas também no «Cinesapiens», onde já estabelecias uma ligação muito forte entre o aparato do cinema e a desordem do real patente em alguns contos do Lovecraft, como é o caso do «From Beyond»…
EP: Há quem considere o Lovecraft o escritor dos escritores porque ele questiona a própria escrita: é um limite extremo através do uso de adjectivos, e de descrever aquilo que é indiscritível. Ele tenta descrever o inominável e o indescritível, e isso em cinema é extremamente complexo, daí a maior parte das adaptações de Lovecraft serem estampadas e estarem condicionadas apenas à sinopse e não ao estilo. Aquilo que nós vamos tentar fazer é só falar do estilo. Falar da parte literária enquanto escritor e não propriamente adaptar, fazer histórias ou o que for. O Lovecraft para mim é um pouco como o Pessoa, têm percursos semelhantes porque nunca viram o trabalho deles publicado em vida. O Pessoa tem apenas o caso do «Mensagem». Nunca viram a sua fama. Ambos trocaram muitas cartas e estabeleceram um circuito de amigos. No fundo foram esses amigos que depois prolongaram a vida da obra do Pessoa depois dele morrer. Nasceram com dois anos de diferença e morreram praticamente com a mesma idade. Esse universo foi criado depois da morte de ambos. Muito já se escreveu sobre Pessoa, ainda mais provavelmente sobre o Lovecraft, sobretudo porque o Pessoa é literária e filosoficamente mais complexo. Houve muitos escritores, imensos cineastas que foram influenciados por esse mundo. O Paulo estava a dizer há pouco que está um mundo escondido à espreita… e no fundo o Lovecraft diz que a emoção mais forte é o medo. E o medo mais forte é o medo do desconhecido. E é o nosso medo que deu origem às religiões.

Isso faz lembrar um pouco o Terrence McKenna, que também é um autor que abordaste no início da tua obra, aquela questão do maravilhamento.
EP: É, de certa maneira. Só que é um maravilhamento que no caso do Lovecraft, a maior parte da vezes, se transforma em horror. É um maravilhamento negativo.

Paulo, um dos temas que atravessa obra do Lovecraft é essa tal constatação da insignificância da condição humana face à vastidão do Cosmos. No fundo somos todos uma espécie de misfits à escala cósmica….
PF: Eu acho que sim. Alguém que tenha alguma inteligência terá que se questionar sobre muitas questões fundamentais, não só humanas mas também cósmicas. E acho que o universo do Lovecraft põe essas questões preto no branco.  Levanta mais do que esclarecem, com pistas ao longo de toda a geografia dos deuses, e pela construção que existe depois desse próprio universo que está à nossa volta. Há um desconhecido, mas ao mesmo tempo há sempre respostas que levantam sempre mais perguntas do que propriamente nos clarificam. Isso para mim é muito inspirador, muito desafiador, e foi isso que também me levou a procurar outro modo de fazer a música para este projecto e de me envolver com a música. É algo que eu nunca fiz exactamente desta maneira e que nunca trabalhei desta maneira. É curioso ver o «Stranger Things», é impossível não pensar no Lovecraft. E é impossível não pensar a banda-sonora, que é muito interessante nesse aspecto. Estive a ver alguns documentários sobre como foi feita e percebi que algumas partes foram também feitas com [sintetizadores] modelares. Mas há uma coisa que eu acho que tem a ver com a electricidade e com o impulso eléctrico, com a manipulação do impulso eléctrico e da transformação disso em ondas ou eventualmente em notas, que eu acho que também a ver der certa maneira com este universo do Lovecraft. Daí eu de certa forma abdicar bastante ou quase totalmente da guitarra.

É também o tipo de imaginário que sendo distante da “poética americana” que costumas habitar, não ficaria talvez muito desenquadrado dos tempos do Outer Space Shit, dos Tédio Boys.
PF: Claro que não. Aliás, há muitas coisas com as quais me devo ter cruzado, também pela banda desenhada na adolescência. E depois há todo este universo que sempre me interessou, todas estas histórias que nós muitas vezes interpretamos como terror, mas há sempre muito subtexto em tudo o que é terror e na fantasia, que eu acho que é muito interessante. Há estes dois universos no Lovecraft que são muito importantes, que é a realidade e aquilo que está à volta dela. Eu acho que no fundo o que terá que acontecer musicalmente, também terá que ter um bocadinho destes dois ambientes.

E o Lovecraft é um autor um bocado pesado, mas também tem um certo humor, sobretudo na correspondência.
EP: A personalidade dele nesse caso também acho parecida com o Pessoa. O Pessoa tinha um grande sentido de humor, mas não quer dizer que esse sentido de humor depois estivesse propriamente nas ficções. Está muito mais nas cartas, nas conversas. Há dois filmes que eu gosto particularmente, dos anos 80, que têm imenso humor. São adaptações do Lovecraft. Um é o «From Beyond», o outro e o «Reanimator», que teve várias sequelas.  Têm momentos em que questionam o real, sobretudo o «From Beyond». E isso, como o Paulo estava a dizer, é das coisas que mais me interessa, que é a consciência que o Lovecraft tinha da limitação dos nossos cinco sentidos, em termos da percepção da própria realidade. Aquele bocadinho no «Cinesapiens» que tem a citação do «From Beyond» é exatamente sobre a limitação dos nossos sentidos Quando andam os físicos a estudar dimensões paralelas e outros níveis da realidade, torna-se evidente que o nosso nível de realidade é muito básico. Muito, muito básico.  Muito limitado e, portanto, poderão existir outros seres capazes de ver muito mais dimensões. Até no próprio «Matrix» tu vês isso. Ver a matriz como o protagonista a vê, é no fundo ver a realidade doutra maneira. No fundo é isso que é a arte.

E a tua utilização do 3D também acaba por ser um provocação, no sentido de colocar mais imagens na dimensão do real…
EP: Este projecto em particular, é um projecto que ambiciona levar muito mais longe os layers de realidade. Ainda vamos fazer os testes a ver como é que corre. Se correr bem, eu não diria que o filme seria psicadélico, porque geralmente as pessoas remetem para o “psicadélico” tudo o que não seja realista, seja em termos musicais a nível de cinema, mas… tem lá o trans-real. No fundo é uma pessoa pensar que está sempre no princípio, assim como o Paulo trabalha nas modulações e na eletricidade, que eu associo logo ao pensamento. Aquilo que me interessa é essa transformação do real.

Tags: cinemaedgar pêrahp lovecraftmotelxpaulo furtadoterrorthe legendary tigerman
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Reza a lenda que foi com «Os Sonhadores» do Bertolucci que abriu os olhos para o mundo do cinema, área onde tem vindo a exercer atividade enquanto critico em publicações como a Umbigo, C7nema.net, Máquina de Escrever ou Arte Capital. Cinéfilo por vocação e melómano por paixão, com particular queda para sonoridades desagradáveis, mais próximas do pesadelo do que propriamente do sonho, acredita que a morte do cinema não passa de um boato manhoso. Para a LOUD! vira o espelho ao contrário: escreve sobre música com as imagens como pano de fundo. Não tem dúvidas de que o cruzamento de Sleep com Harmony Korine foi dos acidentes mais importantes da arte contemporânea.

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