TRIVIUM: “Levar a vacina não pode (nem deve) ser uma decisão política”, afirma Matt Heafy

Matt Heafy, o frontman dos TRIVIUM, defendeu recentemente a vacinação contra a COVID-19 ao dizer que a saúde pública não pode (nem deve) ser uma questão política. O músico de 35 anos — que, no mês passado, testou positivo para o novo coronavírus depois de ter sido totalmente vacinado — abordou o tema quente das vacinas, máscaras e outros protocolos associados COVID-19 numa publicação feita através das suas redes sociais na passada sexta-feira, dia 30 de Julho 30. “Os comentários estão desactivados sempre que possível e não serão lidos onde não puderem ser desactivados. Simplesmente, e infelizmente, porque sei para onde 33.3% das pessoas que lerem isto vão levar a conversa“, começa logo por avisar Heafy, ciente de que o seu post pode gerar falatório menos próprio. “Tenho visto muito pânico (nos meios de comunicação, nas redes sociais e na sociedade) sobre ‘as pessoas ainda apanharem COVID apesar de terem sido vacinadas’. Pois bem, pensem na minha família como uma espécie de mini estudo de caso. O meu pai e eu temos a mesma genética — somos a mesma família. Ele foi fuzileiro naval. É duro como um prego. Estava com 1/2 dose (apenas por não ter conseguido a segunda a tempo) quando contraiu a COVID. Teve de fazer duas hospitalizações, quase morreu e agora, 15/16 semanas depois, ainda apresenta danos potenciais no fígado/coração/pulmões. Eu levei 2/2 doses quando a minha esposa (com 2/2 doses) contraiu COVID (provavelmente variante delta) de uma pessoa não vacinada.

Passou de uma pessoa não vacinada para uma pessoa vacinada, para os nossos filhos (não vacinados por terem 2 e 5 anos de idade) e para outra pessoa vacinada (eu)“, continua a explicar o músico. “Embora tenha sido ‘uma doença tipo resfriado’ irritante, ainda consegui fazer Muay Thai, ioga, cantar, gritar e tocar na transmissão ao vivo. Foram 4-5 dias irritantes, 1 dia um pouco pior (ainda transmiti, ainda toquei), por isso estive a 80% durante uns dias, depois 100%. Passou-se o mesmo com a minha esposa. Felizmente, passou-se o mesmo com os meus filhos (tiveram febre os dois; mas ambos ficaram bons em 5 dias úteis). Temos de olhar para esta questão de ‘pessoa vacinada que apanha a COVID’ da mesma forma que olhamos para apanhar uma gripe. A % de eficácia das vacinas e a % de não seres hospitalizado. Assim como a vacina contra a gripe (que tem uma eficácia de 40-50%). Eu quero que as tours voltem, quero ir comer a restaurantes e partilhar comida com as mãos, e dar dentadas na comida dos meus amigos, partilhar bebidas com os amigos, treinar jiu jitsu e ter livremente o suor do meu parceiro na minha boca/nariz /olhos sem ter de me preocupar“.

Qualquer um que diga que isto é uma coisa política está errado e, provavelmente, está com medo“, conclui Matt Heafy. “Eu levei a vacina, não deixei de fazer nada do que faço habitualmente quando fui contagiado. Continuei a treinar, a fazer música e estou totalmente pronto para voltar a fazer concertos, entrar na multidão, abraçar-vos a todos e comer em todo o lado. Se vires alguém a optar por usar uma máscara — lembra-te de que há muito mais problemas de saúde do que apenas o que está a acontecer agora. Tenho muitos familiares e amigos de alto risco que não podem arriscar sequer a hipótese de aoanharem este COVID enfraquecido. Isso pode matá-los ou a um ente querido. Respeitem-se uns aos outros. Não façam disto algo que não é. Vamos voltar a ter concertos! Mal posso esperar para vos ver a todos na próxima tour com os MEGADETH, LAMB OF GOD, HATEBREED!“.