Originalmente editado a 21 de Setembro de 1999 pela Roadrunner Records, o quinto álbum da lendária banda na altura formada pelo vocalista e baixista Peter Steele, pelo guitarrista Kenny Hickey, pelo teclista Josh Silver e pelo baterista Johnny Kelly foi lançado há 21 anos. O sucessor do muito aplaudido «October Rust», que tinha sido editado três anos antes, foi — à semelhança de todos os álbuns que a banda tinha gravado até então — gravado nos estúdios Systems Two, em Brooklyn, Nova Iorque, com Josh Silver e Peter Steele a acumularem as funções de produtores. Com potencial mais que suficiente para afastar alguns dos fãs que tomaram um primeiro contacto com os TYPE O NEGATIVE através da maior acessibilidade de «October Rust», o «World Coming Down» afirmou-se desde cedo como um dos registos mais completos que os músicos alguma vez gravaram. Com muitos dos temas a adoptarem um registo não tão imediatamente acessível e, ainda que melódicos, apoiados em tempos muito mais arrastados que deixariam os BLACK SABBATH orgulhosos, Steele e companhia mergulharam a fundo num conceito moroso e exploraram com astúcia todas as qualidades que tornaram a banda famosa: das mensagens góticas astutas e meio irónicas de temas como «Creepy Green Light» e «All Hallows Eve», que chafurdam alegremente em imagens exacerbadamente góticas e vampirescas, à fantasia sombria e erótica da ultra-cativante «Pyretta Blaze», passando pela obsessão pela morte e pela auto-destruição que parecia dominar o pensamento do estratega da banda por esta altura. São, de resto, esses momentos em que Peter Steele abandona o seu habitual sarcasmo para expressar toda a sua dor e sofrimento — em «Everyone I Love Is Dead», no tema-título e em «Everything Dies» — que tornam o «World Coming Down» no álbum mais comovente e tocante da carreira dos TYPE O NEGATIVE.
