VENOM: Mantas quer que a banda se reúna para a celebração do 40.º aniversário de «Black Metal»

Depois da separação que originou a criação dos VENOM INC. em paralelo aos VENOM, o guitarrista e fundador da banda, Jeff “Mantas” Dunn, que reside agora em Portugal, fez recentemente declarações no sentido de uma aproximação. Passam já vinte anos desde que o músico abandonou a formação original, tendo, entretanto, criado os VENOM INC. e os homónimos MANTAS. A guerra entre elementos da banda é bem conhecida e as palavras trocadas não foram ligeiras, mas o músico parece aberto à reconciliação. “Não retiro nada do que disse, posso lamentar, mas falei a verdade”, diz o mesmo, afirmando até que “não vou por aí, retirar coisas e engolir sapos, como um de nós fez. O que disse é absolutamente verdade e deixei escrito, até nos livros”. Apesar disso o músico afirma que “estamos agora numa idade – eu tenho 60, o Bray está com 61, o Conrad com 58? 59?… Passámos por uma pandemia em que ninguém fez nada. Neste momento há uma guerra na Europa, todos os problemas que existem entre nós, são insignificantes perante isso”.

Nunca vou pedir desculpa, ou fingir que não o disse. Tudo que afirmei é verdade”, reitera o guitarrista. “No entanto, a verdade é que falhámos a celebração dos 25 anos. Não celebrámos os 30. E, para um grupo que teve tanto impacto…” lembra, afirmando mesmo que “quando fiz as entrevistas para os 40 anos do «Welcome To Hell», outro aniversário que falhámos, em que nada foi feito ou aconteceu, nessa altura tive pessoas a fazerem-me entrevistas e a dizerem que não tinha noção da importância do que fizemos. Acho que estávamos perto de o perceber. Disse um milhão de vezes, era apenas um miúdo, a escrever músicas no meu quarto e a viver com a minha mãe, e tive sorte. Mas como não celebrar isso uma vez? Já morri uma vez. E se não resta muito mais, e não resta mesmo, porque sei o que fizeram a vocês próprios”, finaliza o guitarrista, numa clara referência ao episódio de Maio de 2018, em que teve de passar por uma intervenção de urgência, do foro cardíaco, num hospital em Lisboa. Desconhece-se a reacção dos restantes elementos fundadores do grupo, hoje em diferentes grupos, apesar de Abaddon, no final da década passada se ter sentado na bateria de ambas as versões dos VENOM.