W:O:A METAL BATTLE PORTUGAL: Classificativa Norte [REPORTAGEM]

Em jeito de recordar que se aproxima mais uma edição do SWR — BARROSELAS METALFEST, e como vem sendo habitual por esta altura do ano, realizou-se a primeira meia-final do concurso de bandas W:O:A METAL BATTLE PORTUGAL, que habilita o vencedor a defender as cores nacionais num dos palcos do WACKEN OPEN AIR. Para esta sessão no Metalpoint estavam escalados BUZZOCRACY, ASHES REBORN, AURA e ELITIUM, não deixando de ser curioso que a zona do Porto estativesse em clara desvantagem, em termos de oferta de nomes.

Os BUZZOCRACY tiveram a ingrata tarefa de abrir a noite, ainda com a sala pouco preenchida, mas face a todos os nomes presentes, acabaram por ocupar o espaço certo no cartaz, face a um quinteto que se revelou esforçado mas que claramente foi o mais fraco da noite, oferecendo um som que mistura a sagrada trilogia Slayer/Sepultura/Pantera, embrulhada numa mortalha de death metal. Apesar da experiência em outros grupos, ainda necessitam de trabalhar o som que querem apresentar.

Alinhamento BUZZOCRACY: «Return Of The Gods», «War», «God Of Egypt», «Bringer Of Despair», «Sphynx»

BUZZOCRACY
BUZZOCRACY

Os ASHES REBORN estão ainda em promoção do novo trabalho, pelo que este concerto serviu para mostrar «Contamination» à cidade do Porto. Com o vocalista liberto da guitarra, o grupo ganhou uma nova dinâmica, ficando a curiosidade sobre como irá Alfredo revelar-se numa sala com mais gente, pois parte da sua actuação passou pelo meio do público e quase ensaiou o crowd surfing. Sem se revelarem inovadores, compensam tudo com muito suor e uma grande dose de boa vontade, podendo ter sido a surpresa da noite para muitos dos presentes.

Alinhamento ASHES REBORN: «We Are The Plague», «A Needed Revolution», «Sound The Alarm», «Path To Selfdestruction», «Not Machines», «Policy Of Fear»

ASHES REBORN
ASHES REBORN

Os também vimaranenses AURA, são um dos nomes emergentes mais fortes na área do post black e nesta noite foram mais black que em anteriores actuações. De longe, conseguiram ser o grupo mais actual em termos de som e mostraram poder ser diferentes, introduzindo um factor de diversidade num concurso em que a oferta anda quase sempre pelo “mais do mesmo”. Poderão gritar “we are nothing”, mas na realidade representam algo e a par dos Gaerea são dos nomes mais interessantes do moderno black nortenho.

Alinhamento AURA: «Hamartia», «Dread Room», «Your Eyes Can Sweat My Desire For Catharsis», «Eye Candy»

AURA
AURA

Finalmente, de Braga, os ELITIUM, que regressavam ao activo ao fim de três anos, trazendo um novo nome na bateria, porventura o elemento que mais brilhou num quinteto em que o tecnicismo está em alta, sendo claramente este grupo aquele que apresentou os melhores executantes. Houve espaço para o novo single «Shedding Shadows» e a par de Ashes Reborn foi o colectivo que mais fãs moveu. Um regresso interessante o deste quinteto.

Alinhamento ELITIUM: «Humus», «Orderly Hunting», «Tasteless», «Social Architecture», «Putative Insurgency», «Shedding Shadows», «Lysis»

ELITIUM
ELITIUM