ALTER BRIDGE:
10 PERGUNTAS

O norte-americanos ALTER BRIDGE estão em plena digressão europeia e aterram em Lisboa já no próximo Domingo, dia 29 de Outubro. Em jeito de antecipação, conversámos com o guitarrista Mark Tremonti – e, em parceria com a Prime Artists, temos entradas para oferecer para o concerto no Coliseu dos Recreios, que conta com os AS LIONS como banda de abertura.

Comandada pela dupla Myles Kennedy/Mark Tremonti, o primeiro famoso pela sua associação a Slash na aventura a solo do guitarrista dos Guns N’ Roses e o segundo por ser um instrumentista e compositor de excelência–, por esta altura o quarteto norte-americano –- cuja formação fica completa com 3⁄4 dos Creed –- conta já com mais de uma década de carreira sólida. Um percurso constante, apoiado com solidez em canções construídas a partir de riffs e vocalizações fortes, alicerçadas em ganchos orelhudos, uma distorção musculada e solos e arranjos exuberantes, sem nunca descurar a dose de melodia necessária para manter o público atento.

Onde estás neste momento?
Hoje estamos em Viena, na Aústria, É uma cidade muito bonita, mas eu já estou aqui fechado nos bastidores do sítio onde vamos tocar a fazer entrevistas. [risos]

E que tal tem estado a correr esta digressão europeia?
Até agora, tem sido fantástico. Os espectáculos têm sido, sem excepção, tremendos todas as noites e nós não podíamos estar mais satisfeitos. A maioria das datas têm estado esgotadas e o público tem aparecido em massa, o que é mais uma prova de que os nossos fãs são mesmo die hard e aparecem sempre para nos apoiar quando estamos na cidade deles. Tem sido uma experiência fantástica, este ciclo que está agora a chegar ao fim. Temos mais umas datas e, depois, vamos tirar férias, dedicar algum tempo aos nossos projectos paralelos e fazer coisas diferentes. Em 2019, vamos estar revigorados e prontos a escrever mais um disco com os Alter Bridge.

O que podemos esperar em termos de projectos “a solo”?
Eu, se tudo correr bem, vou entrar em estúdio em Janeiro – o plano, pelo menos, é esse neste momento. Se tudo se mantiver como tenho na cabeça, edito um disco lá para Maio de 2018 e depois vou fazer uma ou duas digressões. Ficaram uma série de ideias de fora quando gravámos o último álbum, mas… Ainda não sei bem como vou fazer, se as recupero ou não. Habitualmente, tendo a usar as melhores ideias primeiro e, como tenho tantas e tão boas, há uma série de outras que ficam sempre para trás e que nunca são usadas – é por isso que é bom ter estes outros outlets criativos independentes dos Alter Bridge.

O «The Last Hero» foi editado em Outubro do ano passado e tem estado a recolher óptimas reacções. Era algo que esperavam?
Acho que nunca estamos à espera de nada, para ser sincero. Desde que estejamos satisfeitos com o que fizemos… Isso, no final, é o que mais importa. Somos nós que vamos ter de defender estas canções para o resto da vida, por isso é bom que estejamos 100% realizados com o que se fizemos. À semelhança do que se passou com os álbuns anteriores, é isso que sentimos em relação a este. E, desde que tenhamos feito melhor ainda que no anterior, está tudo bem. É aí que colocamos a nossa fasquia enquanto músicos. Mas claro, é óptimo perceber que não somos só nós que nos sentimos satisfeitos. [risos]

Tens andado a fazer também umas clinics de guitarra, certo?
È algo que faço sempre que temos um espectáculo como cabeças-de-cartaz. Tem havido muito interesse em relação a isso também e aparece sempre pessoal a querer saber como toco os nossos temas. Há quem goste de ficar apenas sentado, a apreciar o momento, mas também há quem queira efectivamente aprender e acho que consigo criar um bom equilíbrio, no final toda a gente sai satisfeita. Eu próprio saio muito satisfeito, porque é mais uma desculpa para estar mais um bocado a tocar guitarra.

Tocas todos os dias?
Nem todos os dias, mas quase. [risos] Se tiver acabado de voar para casa, vou querer estar um bocado com a minha mulher e com os meus filhos, por isso não pego sequer numa guitarra. Mas é certo que a vou buscar no dia seguinte! Há guitarristas que não estão sequer cinco dias num ano sem pegar no instrumento e isso é fantástico, mas eu não sou assim. Se for the férias com a família, não levo a guitarra atrás. E acho que, às vezes, é bom tirar uma semana para descontrair e recuperar energias.

Viver a fazer isto é, para ti, um sonho tornado realidade?
Sem dúvida. É o que mais adoro fazer. É algo que faço há vinte anos e continua a ser muito entusiasmante. Estou sempre a tentar evoluir, estou sempre a tentar aprender… Basicamente, para poder ir fazendo tudo cada vez melhor.

O que é que te levou a pegar pela primeira vez no intrumento?
Acho que foi mesmo a cultura pop. Lembro-me de ver o “Regresso ao Futuro” e o filme tinha aquela cena com a guitarra, em que o Michael J. Fox tocava com a banda. Essa é a primeira recordação que tenho de querer fazer isto. Depois os irmãos ouviam muita música e, claro, eu acabava por ouvir também as bandas de que eles gostavam. Sempre gravitei para os guitarristas, talvez por um dos meus melhores amigos era guitarrista e eu só queria ouvir, sentir e tocar. Ele nunca me deixou. [risos] Depois comprei a minha primeira, por 10 dólares. Estou apaixonado desde então.

O que podemos esperar do alinhamento do concerto de Lisboa?

Vamos fazer uma escolha de temas de todos os nossos discos. Como esta já é a terceira digressão que fazemos na Europa desde que o disco foi editado, estamos a tentar alternar o alinhamento quase todas as noites. Queremos manter as coisas excitantes para nós, claro, mas também queremos que as pessoas que nos seguem, que vão a vários destes concertos, possam ir ouvindo canções diferentes. Tentamos que, pelo menos, haja uma surpresa em todos os concertos.

Isso implica que tenham de ter uma série de material nas pontas dos dedos, não?
Pois, não pode ser de outra forma. [risos] É algo que nos ajuda a mantermo-nos atentos, assim não baixamos a guarda e estamos preparados para tudo. Além disso, mantém tudo muito mais entusiasmante.

[J.M.R.]

[PASSATEMPO ENCERRADO]
Numa parceria com a Prime Artists, a LOUD dá-te oportunidade de ir ao concerto dos ALTER BRIDGE — à borla. Para tal, basta enviarem-nos um e-mail para o endereço geral@loudmagazine.net com o assunto “QUERO IR VER OS ALTER BRIDGE!!!”, o vosso nome completo e número de BI/CC. Ganham os mais rápidos!

VENCEDORES: Carina Oliveira Calisto | Rute Nazaré Viegas Laranjeira | Luís Renato Barroso Martins | João Pedro Ferreira Churro | Martim Norte

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