REVERENCE SANTARÉM:
10 razões para não faltares! [2/2]

Depois de três edições em Valada, este ano o festival REVERENCE mudou-se de armas e bagagens para a cidade de Santarém. Com um cartaz bastante mais forte em termos de pesos pesados, mas que não refuta nem por um momento a diversidade que desde o início pautou o evento, a 8 e 9 de Setembro, o aprazível Parque da Ribeira de Santarém vai receber alguma da música alternativa mais excitante – do post-punk ao psych, do stoner ao prog – que se faz hoje.

A equipa da LOUD! reuniu-se e delineou dez razões para ninguém faltar a um evento que, tudo indica, fará mais uma vez o gáudio dos melómanos mais exigentes — e, claro, sem palas nos olhos.


O ANIVERSÁRIO PSICADÉLICO

Referenciado como um dos principais selos de rock psicadélico underground da Europa, a reputada editora independente londrina Fuzz Club vai comemorar o seu 5º aniversário numa parceria com o Reverence. A simbiose vai trazer às margens do Rio Tejo algum do melhor neo-psicadelismo que se faz hoje em dia no planeta e, do lote de bandas que subirão aos dois palcos instalados no Parque da Ribeira de Santarém, constam os The Underground Youth, Throw Down Bones, Nonn, The Gluts e 10,000 Russos – que, verdade seja dita, foram descobertos pela editora na primeira edição do festival, acabando depois por lançar «10,000 Russos» e «Distress Distress», dois álbuns amplamente aplaudidos pelos apreciadores do género.


A TRADIÇÃO PROGRESSIVA

Se a Suécia pode dizer que tem o seu próprio equivalente aos Amon Düül, então temos de falar dos Träd, Gräs Och Stenar. A actuar pela primeira vez em Portugal no palco do Reverence, este histórico colectivo juntou-se no final dos 60s e, entre 1969 e 72, afirmou-se como uma das mais excitantes propostas musicais saídas da Escandinávia e um dos pioneiros do movimento progg que tomou de assalto o país nesses anos de efervescente criatividade alucinada. Foi precisamente nesse período que lançaram álbuns incontornáveis do movimento como «Djungelns Lag», «Rock för Kropp och Själ» ou «Mors Mors», antes de cessarem actividades por divergências criativas. Acabaram por voltar à vida no início da década de 90 e, desde então, as suas actuações têm sido esporádicas, pelo que é sempre uma experiência única vê-los em palco.


OS PORTA-ESTANDARTES DO PÓS-ROCK

Uma das surpresas da edição de 2017 do REVERENCE é a presença dos japoneses MONO no cartaz. O grupo propõe-se a, nas suas próprias palavras, “comunicar o incomunicável”, refletindo as nuances de cada emoção humana em intensas viagens introspetivas de pós-rock expansivo. É isso, de resto, que tem feito ao longo da última década, construindo um fundo de catálogo intocável que, apoiado em álbuns como «One Step More And You Die», «You Are There» ou «Hymn To The Immortal Wind», já lhe garantiu posição de destaque no panteão do fenómeno e, pelo caminho, influenciou uma imensidão de outros músicos. Após vários concertos esgotados nos últimos anos, a banda regressa a Portugal para um momento que ficará na história do festival e na memória daqueles que o presenciarem.


AS REVELAÇÕES E AS ESTREIAS

O cartaz da edição deste ano do Reverence é composto por um total de 42 nomes, das bandas estabelecidas ao talento emergente, entre o qual se contam os nacionais Sinistro, que no ano passado se afirmaram como uma das grandes coqueluches do underground luso com a edição de «Semente» através da independente francesa Season Of Mist. A nível internacional, os alternativos Bo Ningen, os roqueiros Siena Root e os psicadélicos Hills – que, segundo rumores, contam com gente dos muito aplaudidos Goat na formação – são também nomes a não perder. Acresce a isto um contingente nacional, fulcral na evolução do evento desde a primeira edição, versátil, garantindo que – no Parque da Ribeira de Santarém – se vai ouvir alguma na melhor música alternativa actual.


OS CLÁSSICOS

Quem já esteve no Reverence recorda certamente com carinho as jam sessions ao raiar do sol, todas as descobertas inesperadas que se podem fazer num só fim-de-semana e também o mágico Legacy Slot, que viu passarem pelo Parque de Merendas de Valada nomes tão ilustres e “clássicos” como os Hawkwind, Amon Düül II ou The Damned. Este ano, em Santarém, essa honra cabe aos Gang Of Four. A banda britânica, formada em 1977, é autora de vários dos mais emblemáticos temas de post-punk e promete uma plena descarga da energia que caracteriza as suas actuações, com uma mistura dos hinos mais antigos, como «Damaged Goods» e «At Home He’s A Tourist», com temas mais recentes.

Os bilhetes para o REVERENCE SANTARÉM podem ser adquiridos aqui.

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